5 países com melhor equilíbrio entre vida pessoal e trabalho

Via Últimas notícias – Monitor do Mercado

Em um mundo onde o estresse e a pressão do trabalho são constantes, encontrar um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional é mais importante do que nunca. Recentemente, a empresa de tecnologia de RH, Remote, revelou seu Índice de Equilíbrio Global entre Vida e Trabalho para 2023. A análise destaca países que oferecem as melhores condições para um balanço harmonioso, considerando fator como férias anuais, licenças remuneradas e a cultura local.

Com isso em mente, vamos explorar os cinco principais países segundo o Índice Remote e dados da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), ambos os quais fornecem insights valiosos sobre como algumas nações estão liderando o caminho em termos de qualidade de vida.

Nova Zelândia: o paraíso do equilíbrio entre vida e trabalho

A Nova Zelândia encabeça o ranking da Remote com 26 semanas de licença-maternidade remunerada, salário mínimo elevado, 32 dias de férias e um sistema de auxílio-doença robusto que garante ao menos 80% do salário. A cultura do país desempenha um papel vital em proporcionar esse equilíbrio, criando um ambiente de trabalho descontraído e amigável.

Erin Parry, uma canadense residente na Nova Zelândia desde 2015, compartilha que o país oferece uma abordagem mais relaxada ao trabalho. “As prioridades das pessoas são a sua família, o seu bem-estar, a recreação e as viagens. O trabalho é apenas um meio para atingir um propósito”, ressalta Erin.

Entretanto, nem tudo é perfeito. Dados da OCDE mostram que 14% dos trabalhadores neozelandeses excedem 50 horas semanais. Além disso, os custos crescentes das creches e a ausência de alguns apoios governamentais, como o seguro-desemprego, são desvantagens observadas.

O que torna a Espanha única em termos de equilíbrio?

A Espanha é o segundo país do índice Remote graças aos seus 26 dias de férias anuais. Os trabalhadores espanhóis valorizam seu tempo de lazer, dedicando consideráveis horas a atividades pessoais. Isabelle Kliger, residente em Barcelona desde 2010, menciona que a cultura local não gira em torno do trabalho.

“Quando você conhece alguém na Espanha, a primeira pergunta não é sobre sua profissão. E, fora do trabalho, as pessoas raramente discutem questões profissionais”, explica Isabelle. No entanto, a mudança nos horários de trabalho e a diminuição da prática da siesta trouxeram novos desafios, tornando necessário um balanço mais estruturado no dia a dia.

Como funciona o Flexjobs na Dinamarca?

A Dinamarca também se destaca pelo seu sistema Flexjobs, criado em 1998, que permite a personalização dos horários e tarefas, garantindo maior flexibilidade. Helen Russell, autora do livro The Year of Living Danishly, que vive no país há mais de uma década, observa que os dinamarqueses têm uma separação clara entre trabalho e vida pessoal.

“Trabalham das 8h às 16h. Existe um horário sagrado entre 16h e 19h para a vida familiar, algo culturalmente profundo aqui”, relata Helen. A OCDE confirma que apenas 1% dos profissionais dinamarqueses trabalha mais de 50 horas semanais, demonstrando um excelente equilíbrio entre vida e trabalho.

Os franceses trabalham para viver?

Na França, o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho é uma prioridade. O país oferece um dos mais longos períodos de férias anuais, com 36 dias. Segundo a freelancer canadense Sarah Micho, os franceses têm uma cultura de repouso e relaxamento, evidenciada pela tradição dos cafés e pelo tempo dedicado ao lazer.

No entanto, 8% dos trabalhadores franceses ainda trabalham mais de 50 horas por semana. Apesar disso, a priorização das artes e da cultura no país contribui significativamente para uma vida equilibrada fora do ambiente de trabalho.

Será que a Itália inventou o conceito de equilíbrio entre vida e trabalho?

O advogado Andres Uribe-Orozco, vivendo em Roma, acredita que os italianos são especialistas em equilibrar vida pessoal e trabalho. Na Itália, os trabalhadores dedicam 69% do seu dia ao lazer e aos cuidados pessoais, a maior média da OCDE.

Embora o país enfrente desafios como salários mais baixos e níveis elevados de desemprego, a cultura italiana do “dolce far niente”—a doçura de não fazer nada—ajuda a criar uma vida menos agitada e mais prazerosa.

Conclusão: qual País oferece o melhor equilíbrio?

Os dados da OCDE e do índice da Remote mostram que a Nova Zelândia, Espanha, Dinamarca, França e Itália são os melhores países em termos de equilíbrio entre vida pessoal e trabalho. Cada um tem suas particularidades, mas todos compartilham o objetivo comum de proporcionar uma qualidade de vida superior a seus cidadãos.

Se você busca um ambiente onde vida pessoal e trabalho coexistem harmoniosamente, essas nações são exemplos a serem considerados.

1. Nova Zelândia

2. Espanha

3. França

4. Austrália

5. Dinamarca

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