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O Ibovespa fechou em forte queda de 2,4% nesta quinta-feira (28), aos 124.610 pontos, marcando o terceiro mês consecutivo de perdas. A reação do mercado foi influenciada pelo pronunciamento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que detalhou a proposta de ajuste fiscal do governo.
Mercado reage à proposta de ajuste fiscal
A proposta busca gerar uma economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos, mas o mercado interpretou as medidas como insuficientes e pouco estruturais. Entre os pontos apresentados, Haddad destacou o combate à injustiça tributária, sugerindo aumento de impostos para os mais ricos e controle dos chamados supersalários.
No entanto, o ministro não detalhou cortes de despesas obrigatórias nem abordou ajustes em programas sociais e benefícios, o que aumentou a desconfiança sobre a capacidade de o governo cumprir o limite de despesas previsto no arcabouço fiscal até 2026.
Dólar atinge máxima histórica
O dólar também refletiu o pessimismo. Durante o dia, a moeda americana chegou a R$ 6, encerrando o pregão em R$ 5,99, com alta de 1,3%. Este foi o maior patamar registrado desde o início do governo Lula.
Críticas do mercado
Casas de análise e bancos de investimentos reagiram negativamente às propostas. O Goldman Sachs classificou o plano como “não ambicioso”, apontando que ele trata os sintomas do problema fiscal, mas não aborda as causas estruturais. A ausência de cortes expressivos nos gastos obrigatórios foi vista como um sinal de fragilidade no ajuste.
Prazos apertados no Congresso
Outro ponto crítico é a urgência na votação das medidas. Caso não sejam aprovadas ainda este ano, as mudanças só entrarão em vigor em 2026, comprometendo a meta de ajuste fiscal e ampliando a incerteza no mercado.
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