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A taxa de desemprego no Brasil atingiu 6,2% no trimestre encerrado em outubro, a menor já registrada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) desde o início da série histórica em 2012.
O índice de desemprego divulgado nesta sexta-feira (29) caiu 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em julho, sendo acompanhado por recordes no número de pessoas ocupadas e na força de trabalho total, que alcançou 110,4 milhões de pessoas.
A economista-chefe do C6 Bank, Claudia Moreno, afirmou que esse cenário eleva as chances de o Copom adotar um ajuste mais intenso na Selic durante a próxima reunião, marcada para dezembro.
Menos desocupados e mais ocupação formal
O número de desocupados caiu para 6,8 milhões, o menor desde 2014, enquanto a população ocupada chegou a 103,6 milhões, novo recorde da série histórica. O nível de ocupação, que mede o percentual de pessoas trabalhando em relação à população em idade ativa, também foi recorde, alcançando 58,7%.
Houve avanços significativos no mercado formal, com o número de empregados no setor privado com carteira assinada alcançando 39 milhões, alta de 1,2% no trimestre. O número de empregados sem carteira também foi recorde, com 14,4 milhões, alta de 3,7%.
Informalidade cresceu no trimestre
A taxa de informalidade ficou em 38,9%, ligeiramente acima do trimestre anterior. O rendimento médio real foi de R$ 3.255, estável no trimestre, mas com alta de 3,9% em relação ao ano anterior. A massa de rendimento atingiu R$ 332,6 bilhões, crescendo 2,4% no trimestre e 7,7% no ano.
Setores mais ocupados
Entre os setores, a Indústria Geral (+2,9%), Construção (+2,4%) e Outros serviços (+3,4%) puxaram o aumento da ocupação. No setor público, o número de empregados foi recorde, com 12,8 milhões, e trabalhadores domésticos também registraram alta de 2,3% no trimestre.
Esses dados indicam um mercado de trabalho aquecido, apesar de desafios como a informalidade elevada e o crescimento tímido dos rendimentos em termos reais.
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