Via Últimas notícias – Monitor do Mercado
O Ibovespa encerrou o dia em queda de 1,50%, fechando abaixo dos 126 mil pontos. O principal índice da Bolsa brasileira acumula mais de 6% de queda no ano. O dólar subiu mais de 1%, mantendo-se acima dos R$ 6.
As incertezas fiscais pesaram, com destaque para a resistência de parlamentares em aprovar medidas de corte de gastos, como alterações no Benefício de Prestação Continuada (BPC). Essa resistência ameaça desidratar o pacote fiscal proposto pelo governo, o que significa cortes menores do que o esperado.
Juros futuros em alta; mercado prevê Selic acima de 14%
Os juros futuros tiveram forte alta. A maior parte da curva subiu mais de 1%, e o mercado já precifica uma taxa Selic em torno de 14% ao final de 2025. Esse movimento reflete o aumento da percepção de risco fiscal e a pressão inflacionária decorrente da valorização do dólar.
Fundos imobiliários registram recuperação
Na contramão do Ibovespa, o índice IFIX, que mede o desempenho dos fundos imobiliários, subiu mais de 2%, recuperando parte das perdas registradas ontem. O movimento foi impulsionado por fundos de tijolo, que chegaram a registrar alta de até 10% em um único dia. Essa recuperação ocorre após uma sessão marcada por vendas em massa, que haviam derrubado os preços dos fundos.
Mercado internacional: emprego nos EUA e índices em alta
Nos Estados Unidos, a divulgação do payroll apontou a criação de 227 mil novas vagas de emprego em novembro, superando a expectativa de 155 mil a 270 mil. O dado reforça o cenário de “pouso suave” na economia americana — um ajuste econômico com baixa inflação e sem grandes impactos no emprego.
Com isso, aumentou o consenso de que o Federal Reserve (Fed) reduzirá a taxa de juros em 0,25 ponto percentual na próxima reunião. Os principais índices americanos fecharam mistos: Nasdaq (+0,75%), S&P 500 (+0,21%) e Dow Jones (-0,28%).
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