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O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed) decidiu cortar a taxa básica de juros dos EUA em 0,25 ponto percentual (pp), para o intervalo de 4,25% a 4,5% ao ano. A decisão foi comunicada na tarde desta quarta-feira (18).
Apesar do aumento na taxa de desemprego nos últimos meses, as condições do mercado de trabalho têm mostrado resiliência. Já a inflação apresentou progresso em direção à meta de 2%, mas ainda permanece elevada, segundo o relatório.
Dessa forma, o Comitê considera que os riscos para essas metas estão equilibrados, mas reforçou a incerteza sobre o cenário econômico, mantendo atenção aos possíveis desdobramentos.
Este é o terceiro corte de juros desde 2020 — todos consecutivos —, que dá continuidade ao ciclo de afrouxamento monetário na maior economia do mundo. Antes dos cortes, o Fed manteve por oito reuniões consecutivas os juros entre 5,25% e 5,50% ao ano.
Comunicado decepciona o mercado
O gráfico de pontos, que mostra em qual patamar a taxa de juros estará no final dos anos, jogou um “balde de água fria” nos investidores. Isso porque eram esperados, recentemente, quatro cortes em 2025.
No entanto, o comunicado feito hoje mostrou que dez dirigentes veem juro entre 3,75% e 4% no fim de 2025 (apenas dois cortes), enquanto três dirigentes veem juro entre 3,50% e 3,75% no fim de 2025.
Decisão do Fed era esperada
Antes da decisão, 98,6% dos analistas acreditavam em um corte de 0,25 pp, segundo o monitoramento do CME Group (veja abaixo). As apostas para a reunião de janeiro são de manutenção. E cresceram ainda mais após o resultado, subindo para 88,5%, de 81,6% ontem.
Por que os juros subiram tanto nos EUA?
Com a pandemia da Covid-19 e a guerra entre Ucrânia e Rússia, a inflação dos Estados Unidos subiu exponencialmente, chegando a atingir a maior inflação em 40 anos em 2022 (9,1%).
A taxa básica de juros serve para desacelerar a economia e, assim, controlar a inflação. Ou seja, conforme a inflação subiu, os juros nos EUA subiam.
Em maio de 2023, depois de 10 altas consecutivas, o Federal Reserve parece ter encontrado um intervalo estável para controlar a inflação (entre 5,25% e 5,50% ao ano).
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