Via Últimas notícias – Monitor do Mercado
O dólar subiu nesta quarta-feira (24), com o aumento da aversão ao risco no exterior, encerrando a sessão em alta de 1,29%, cotado a R$ 5,65. Este é o maior valor de fechamento em mais de 20 dias. Na máxima do dia, a moeda atingiu R$ 5,6618.
Apesar da cautela com o quadro fiscal doméstico ainda influenciar os negócios e manter prêmios de risco na taxa de câmbio, o real sofreu hoje com o ambiente adverso para ativos emergentes.
Influência do iene e “carry trade”
Uma nova rodada de fortalecimento do iene levou a uma liquidação de posições em divisas de países com juros altos, especialmente latino-americanos, utilizados em operações de “carry trade”. O real registrou as maiores perdas em relação ao dólar, seguido pelo peso mexicano. Rumores sobre uma nova intervenção do Banco do Japão (BoJ) no mercado cambial e expectativas de elevação de juros na próxima reunião do BoJ (30 e 31 de julho) contribuíram para esse movimento.
Incertezas nos EUA
Analistas também apontaram um aumento das incertezas em relação à economia americana, em meio à corrida presidencial e à temporada de balanços nos EUA, que trouxe resultados decepcionantes de gigantes da tecnologia. Isso elevou o sentimento de risco nos mercados globais, prejudicando ainda mais as divisas emergentes. O índice VIX, conhecido como termômetro do medo, subiu mais de 20%, alcançando os maiores níveis desde abril.
Desempenho do dólar e taxas dos Treasuries
Enquanto se valoriza frente a divisas emergentes, o dólar recua em relação a moedas fortes. O índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana frente a seis moedas fortes, já apresenta queda de quase 1,30% em julho. As taxas dos Treasuries tomaram rumos distintos: o retorno dos papéis de 10 e 30 anos subiu, enquanto a taxa da T-note de 2 anos, mais ligada à política monetária no curto prazo, recuou para 4,41%.
Expectativas para o PIB americano
Amanhã será divulgada a primeira leitura do PIB americano no segundo trimestre e o índice de preços com consumo (PCB) trimestral, podendo aumentar as apostas sobre a redução de juros pelo Federal Reserve este ano, atualmente estimada em 75 pontos-base.
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