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O dólar fechou esta quarta-feira (8) em leve alta de 0,08%, cotado a R$ 6,11, após atingir mínima de R$ 6,1029 na última hora de pregão. O movimento interrompeu uma sequência de dois dias de queda, em que a moeda acumulou desvalorização de 1,26%.
Embora o mercado tenha recebido sinais positivos de ajustes fiscais no Brasil, o comportamento do câmbio refletiu principalmente fatores externos.
Temores de política econômica nos EUA
No início do pregão, o dólar alcançou R$ 6,15, impulsionado pela aversão ao risco decorrente de especulações sobre novas medidas protecionistas de Donald Trump. Segundo a CNN, o presidente eleito dos Estados Unidos estaria avaliando declarar emergência nacional para implementar tarifas universais.
Esse cenário gerou preocupações entre investidores, que temem que políticas protecionistas, combinadas com cortes de impostos, possam aumentar a inflação nos Estados Unidos.
Impacto do mercado de trabalho americano e Fed
O dólar perdeu força ainda pela manhã após dados do relatório ADP mostrarem que a geração de empregos no setor privado dos EUA ficou abaixo do esperado em dezembro. Além disso, comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed) sugeriram que o ciclo de redução de juros pode continuar.
No final da tarde, a divulgação da ata da última reunião do Fed reforçou a expectativa de um corte de 25 pontos-base na taxa de juros. O documento confirmou que o ritmo de ajuste monetário será mais lento daqui para frente.
Fatores internos e volatilidade cambial
Internamente, o mercado monitora o cenário fiscal. A equipe econômica do governo brasileiro, liderada pelo ministro Fernando Haddad, sinalizou maior rigor no controle de gastos. Segundo fontes ouvidas pelo Estadão Broadcast, o governo estuda limitar as despesas dos ministérios a 1/18 do orçamento no início do ano, medida que pode reduzir incertezas no curto prazo.
Mercado global e moedas emergentes
No exterior, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, recuou abaixo de 109 pontos após a divulgação da ata do Fed, impactando o comportamento do câmbio.
Entre as moedas emergentes, o peso chileno se destacou, com valorização impulsionada pelo aumento nos preços do cobre. Por outro lado, a libra esterlina registrou forte desvalorização, refletindo preocupações fiscais no Reino Unido.
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