Ibovespa: Bolsa cai após decisão do Fed e coletiva de Powell

Via Últimas notícias – Monitor do Mercado

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou esta “super quarta” (29) em queda de 0,5%, aos 123.432,12 pontos, após operar próximo da estabilidade ao longo do dia.

A queda foi impactada pela decisão do Fed de manter a taxa de juros dos EUA na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano. Apesar do mercado já esperar pelo resultado, a incerteza sobre os próximos passos influenciou negativamente os índices acionários.

“O Fed deixou claro que pode até optar por alta de juros caso necessário, considerando fatores como crescimento econômico, inflação e desemprego”, afirmou Pedro Moreira, sócio da One Investimentos, em entrevista ao Estadão Broadcast.

Destaques do Ibovespa

O desempenho das ações no Ibovespa foi misto. As ações da Vale avançaram 0,28%, mas não foram suficientes para evitar a queda do índice, pressionado pelo recuo dos papéis da Petrobras (ON -1%, PN -0,62%) e dos grandes bancos. As ações do Itaú PN caíram 0,24%, enquanto Bradesco PN recuou 1,03%.

Entre as maiores altas do dia, ficaram Petz (+2,90%), RD Saúde (+2,14%) e Rumo (+1,88%). Do lado oposto, Localiza (-3,79%), Automob (-3,23%) e Braskem (-2,67%) tiveram os piores desempenhos da sessão.

Copom aumenta Selic

Após o fechamento do mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa de juros do país, a taxa Selic, em 1 ponto percentual (pp), levando-a para 13,25% ao ano. A decisão unânime foi anunciada na tarde desta “super quarta” (29).

Essa é a quarta elevação da taxa no governo Lula 3, todas feitas consecutivamente, e marca a estreia de Gabriel Galípolo como presidente do Banco Central (BC).

Trump evita comentários sobre juros

Durante evento na Casa Branca, o presidente dos EUA, Donald Trump, evitou comentar a decisão do Fed. “Não é apropriado falar sobre a decisão do Fed agora”, disse. Em sua coletiva, Powell também se recusou a responder sobre declarações anteriores de Trump sobre a necessidade de corte de juros.

Petrobras e expectativas para reajuste de combustíveis

Na primeira reunião de 2025 do conselho de administração da Petrobras, foi apresentada uma análise que indicou que os preços dos combustíveis estavam alinhados à estratégia comercial da companhia em 2024.

O Bank of America (BofA) avalia que um reajuste nos preços poderia aliviar preocupações sobre governança corporativa e reduzir impactos negativos no fluxo de caixa livre da empresa.

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