Banco Central Europeu corta juros em 0,25%, mas mantém cautela

Via Últimas notícias – Monitor do Mercado

O Banco Central Europeu (BCE) reduziu suas principais taxas de juros em 25 pontos-base, conforme esperado pelo mercado, em meio a sinais de fraqueza econômica na Zona do Euro e inflação relativamente controlada.

Com a decisão anunciada nesta quinta-feira (30), a taxa de depósito caiu de 3% para 2,75%, a de refinanciamento recuou de 3,15% para 2,9%, e a de empréstimos passou de 3,4% para 3,15%.

O movimento dá continuidade ao processo de afrouxamento monetário iniciado em junho de 2024. No acumulado do ano passado, o BCE já havia reduzido os juros em quatro ocasiões, buscando impulsionar a economia do bloco, que enfrenta dificuldades de crescimento.

Lagarde cita economia fraca e põe dúvidas sobre novos cortes

A presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que a desinflação na zona do euro está progredindo de forma sustentável, aproximando-se da meta de 2%. Em coletiva de imprensa após o anúncio da decisão, Lagarde ressaltou que o BCE está determinado a estabilizar a inflação, mas evitou se comprometer com um cronograma de cortes adicionais.

No comunicado oficial, o BCE destacou que a inflação segue elevada em alguns setores devido ao ajuste de salários e preços após o surto inflacionário anterior. Além disso, Lagarde alertou que o crescimento econômico da zona do euro deve permanecer fraco no curto prazo, citando a contração do setor industrial europeu e a baixa confiança do consumidor.

O banco reiterou que seguirá tomando decisões baseadas nos dados de cada reunião, sem um compromisso prévio com um ritmo específico de cortes, deixando o mercado atento aos próximos passos da autoridade monetária europeia.

Análises sobre o corte dos juros do BCE

Para Carsten Brzeski, diretor de economia global do ING, o corte já era amplamente esperado, ao ser “telegrafado” por dirigentes do BCE ao longo das últimas semanas. Segundo ele, os membros do conselho do banco estão comprometidos em trazer os juros para um nível neutro, que, segundo dirigentes mais conservadores, ficaria em 2,50%.

A consultoria Capital Economics avalia que a estagnação do PIB da zona do euro no quarto trimestre reforça a visão de que a economia do bloco está em uma situação pior do que muitos analistas previam.

Nesta manhã, uma pesquisa da agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, mostrou que o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro ficou estável no último trimestre de 2024, frustrando a projeção de leve alta de 0,1% e marcando uma forte desaceleração em relação ao crescimento de 0,4% no terceiro trimestre.

No lado da inflação, os dados oficiais apontam que a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da região está em 2,4%, ainda próxima da meta de 2% do BCE. Em momentos do segundo semestre do ano passado, o CPI chegou a ficar abaixo de 2%, reforçando a possibilidade de um ciclo mais intenso de cortes de juros.

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