Desemprego atinge o menor nível da série histórica em 2024

Via Últimas notícias – Monitor do Mercado

A taxa de desemprego no Brasil foi de 6,6% em 2024, o menor nível já registrado desde o início da série histórica em 2012. O resultado representou uma queda de 1,2 ponto percentual (p.p.) em relação à média de 2023 (7,8%) e de 5,2 p.p. frente ao pré-pandemia em 2019, quando alcançou 11,8%.

Os dados divulgados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (31) mostrou que o número de pessoas desocupadas (trabalhadores que estão buscando emprego, mas não encontraram) somou 7,4 milhões, uma redução de 13,2% e 1,1 milhão, em números absolutos, na comparação com o ano anterior.

Já a população ocupada atingiu 103,3 milhões de pessoas, um recorde na série histórica, com crescimento de 2,6% sobre 2023. Em relação a 2012, quando o país tinha 89,7 milhões de trabalhadores ocupados, o aumento foi de 15,2%.

O nível da ocupação (percentual de pessoas empregadas em relação à população em idade de trabalhar) também atingiu o maior patamar da série histórica, chegando a 58,6% em 2024, contra 57,6% em 2023. O recorde anterior havia sido registrado em 2013, com 58,3%.

Redução da subutilização e desalento

A taxa de subutilização da força de trabalho foi de 16,2% em 2024, recuando 1,8 p.p. em relação a 2023 (18,0%). Em 2019, esse índice era de 24,4%, em 2014, de 15,9%, e em 2012, de 18,7%.

O número de pessoas subutilizadas (que inclui desocupados, subocupados por insuficiência de horas e força de trabalho potencial) totalizou 19 milhões, queda de 8,9% frente a 2023. Apesar da redução, esse contingente ainda é 15,4% maior que o menor nível da série, atingido em 2014 (16,5 milhões de pessoas).

O total de subocupados por insuficiência de horas trabalhadas foi de 5,1 milhões de pessoas, queda de 6% em relação ao ano anterior.

Já a população desalentada (aqueles que desistiram de procurar emprego por acreditar que não encontrarão uma vaga) caiu 11,2% no ano, para 3,3 milhões de pessoas. O pico foi registrado em 2021 (5,6 milhões), enquanto o menor nível foi observado em 2014 (1,6 milhão).

Empregos formais crescem com recuo na informalidade

O número de empregados com carteira assinada no setor privado cresceu 2,7%, atingindo 38,7 milhões de pessoas, o maior número já registrado.

O total de trabalhadores sem carteira assinada também aumentou, avançando 6% para 14,2 milhões de pessoas. Em relação a 2014, quando esse número era de 10,8 milhões, o crescimento foi de 31,1%.

Os trabalhadores por conta própria chegaram a 26 milhões, com alta de 1,9% no ano. Desde 2012, esse grupo cresceu 29,5% (quando eram 20,1 milhões). Já o número de trabalhadores domésticos teve queda de 1,5%, totalizando 6 milhões de pessoas.

A taxa de informalidade passou de 39,2% em 2023 para 39% em 2024, refletindo a criação de mais empregos formais no país.

Rendimento médio e massa salarial em alta

O rendimento médio real dos trabalhadores foi de R$ 3.225 em 2024, alta de 3,7% (R$ 115) em relação a 2023. Desde 2012, o aumento acumulado foi de 10,1%.

A massa de rendimento real habitual chegou a R$ 328,6 bilhões, o maior valor da série histórica, representando um avanço de 6,5% (R$ 20,1 bilhões a mais) frente a 2023. Desde 2012, essa massa de rendimentos cresceu 29,4%.

Setores com maior crescimento na ocupação

O setor de Transporte, armazenagem e correio teve o maior aumento percentual de trabalhadores em 2024, crescendo 7,8% e atingindo 5,9 milhões de ocupados. O setor de Comércio e reparação de veículos foi o que mais contratou em termos absolutos, somando 19,8 milhões de trabalhadores em 2024, um crescimento de 3,9% no ano

O setor de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, foi o segundo maior empregador do país, cresceu 2,9% em relação a 2023, atingindo 18,5 milhões de trabalhadores. A Construção civil registrou um crescimento de 5,5% no ano, com 406 mil novas vagas, atingindo 7,8 milhões de trabalhadores.

A Indústria também apresentou alta, crescendo 2,6% e chegando a 13,2 milhões de ocupados. Apesar disso, o setor ainda está 1,8% abaixo do pico de 2014, quando registrou 13,5 milhões de trabalhadores.

Setores com aumento no desemprego

O setor de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura foi o que mais perdeu postos de trabalho, com queda de 3,2% e a saída de 258 mil trabalhadores. Em relação a 2012, o número de ocupados caiu 22,8%, reduzindo de 10,2 milhões para 7,9 milhões.

O setor de Serviços domésticos também registrou retração, passando de 6,1 milhões para 6 milhões de trabalhadores, uma queda de 1,4%. Esse número está próximo ao registrado em 2012, com redução de 77 mil postos de trabalho desde então.

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