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O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou a sessão desta segunda-feira (3) em queda de 0,13%, aos 125.970,46 pontos, em meio ao cenário de aversão ao risco e comoção global pela guerra comercial deflagrada por Donald Trump durante o final de semana e suas primeiras sanções tarifárias.
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No mercado internacional, a guerra fiscal segue em foco. Após decidir taxar as importações do México e Canadá em 25% e China em 10%, o presidente dos Estados Unidos (EUA) recuou e negociou uma trégua de 30 dias para as tarifas contra o México, acalmando o mercado e recuperando perdas da moeda norte-americana durante o pregão.
Após o fechamento do mercado, Trump seguiu o padrão do acordo com o México e negociou uma trégua também com o Canadá. A China, até o momento sem negociação, agiu em retaliação à taxação dos EUA e impôs tarifas de até de até 15% sobre as importações do país, até que prossigam em um acordo.
A pressão também repousa sobre a União Europeia, que declarou responder “de maneira decisiva” se for alvo das tarifas de Trump.
O Brasil acompanha atento todo esse cenário da guerra comercial, aguardando sua vez de receber as sanções tarifárias dos EUA. Até lá, a atenção do mercado segue voltada, como sempre, para as preocupações com o fiscal. Nesta terça-feira (4), o Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou a ata referente à última decisão sobre a taxa básica de juros, a Selic, na quarta-feira passada.
Em meio aos fatores internos e externos, o dólar abriu em queda de 0,19%, a R$ 5,80 e o dólar futuro em leve baixa de 0,03%, a R$ 5,83. Os juros futuros abrem mistos, com os mais curtos em alta e os mais longos, perto do ajuste. Já o Ibovespa futuro recua 0,16%, aos 126.200 pontos.
Manchetes desta manhã
- Trump suspende tarifas sobre México e Canadá por 30 dias (Valor)
- Canadá e México indicam reforço na fronteira e Trump adia tarifaço (Estadão)
- Pequim anuncia tarifas adicionais sobre carvão, gás e petróleo dos EUA e investigará o Google (O Globo)
- BC prevê inflação fora da meta e aponta câmbio e fiscal como riscos em ata (Folha)
- Meta contínua de inflação poderá ser descumprida em junho, alerta Copom (Valor)
Mercado global
As bolsas da Europa operam sem direção definida, refletindo a cautela do mercado em relação à guerra comercial deflagrada pelos Estados Unidos. Os resultados da UBS também pressionam os índices europeus, intensificando perdas do setor financeiro, após os lucros trimestrais (-5,5%) superarem previsões, mas seus planos de recompra não impressionarem o mercado.
Na Ásia, os índices encerraram a sessão desta terça-feira em alta, com alívio pela suspensão temporária do tarifaço de Trump sobre o México e o Canadá e após a China reagir com tarifas sobre as importações dos EUA, na expectativa de um acordo entre Trump e Xi Jinping sobre a imposição de tarifas bilaterais.
Enquanto na China os mercados seguem fechados no último dia de feriado do ano novo lunar, com retorno previsto para esta quarta-feira, o pregão em Hong Kong encerrou em alta, impulsionado por ações de tecnologia.
Em Nova York, o S&P 500 cai 0,2%, Stoxx Europe recua 0,1%, o Nikkei fechou em alta de 0,7%.
Confira os principais índices do mercado:
• FTSE 100 -0,2%
• Shanghai SE Comp. -0,1%
• MSCI EM +1,7%
• Dollar Index -0,3%
• Yield 10 anos +2bps a 4,5753%
• Petróleo WTI -1,9% a US$ 71,78 barril
• Futuro do minério em Singapura +0,7% a US$ 105
• Bitcoin -3,1% a US$ 98754,69
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Commodities
- Petróleo: em queda de mais de 1% com a entrada em vigor das tarifas dos EUA sobre a China. O brent/abril cai 1,21%, a US$ 75,04 e o WTI/março, recua 1,90%, a US$ 71,77.
- Minério de ferro: Negócios em Dalian seguem fechados em razão do feriado do ano novo lunar; mercado volta a operar na quarta-feira (5). Em Singapura, os contratos futuros estão em alta de 0,60%, cotados a US$ 105,05/ton. O mercado à vista está em alta de 0,71%, cotado a US$ 105,70/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, a agenda do dia destaca o relatório de emprego Jolts, às 12h. No calendário de balanços, a Alphabet (Google) divulga seus números hoje.
Nesta segunda-feira, o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, disse que o Banco Central americano deveria proceder mais cautelosamente na redução de juros e Raphael Bostic, do Fed de Atlanta, afirmou que tarifas comerciais aumentam incertezas e novos cortes de juros devem demorar. Outros dirigentes do Fed, como Mary Daly e Philip Jefferson, falam hoje.
Na China, o clima é de resistência. Em resposta às tarifas impostas pelo governo de Donald Trump, o país impôs taxação de 15% sobre o carvão e o gás natural liquefeito dos EUA e tarifa de 10% sobre o petróleo bruto e maquinário agrícola.
O regulador de mercado da China também iniciou uma investigação contra o Google por violação de lei antitruste.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda do dia iniciou com a divulgação da ata do Copom, sobre a última decisão sobre a Selic na quarta-feira passada e projeções de nova alta de 100pb na Selic em março, mas sem cravar movimento para maio. O comitê ressaltou, ainda, que a magnitude dos próximos ajustes da Selic dependerá da inflação.
Entre os indicadores econômicos importantes, destaque para a divulgação relatórios de dívida de dezembro, às 15h30 e para a oferta de NTN-Bs e LFTs do Tesouro.
Destaques no mercado corporativo
- Petrobras: a produção de petróleo LGN e gás natural no Brasil caiu 3,1% em 2024, para 2,66 milhões de barris de óleo equivalente por dia (BOE). No 4º trimestre, a queda foi de 10,5%.
A estatal também recebeu pagamento contingente (earnout) de R$ 2.161 bilhões de Sépia e Atapu, além de R$ 516 milhões da Karoon Petróleo & Gás pela venda do campo de Baúna.
- Movida: cancelou o registro de companhia aberta da Movida Locação.
- Rumo: o Citi rebaixou sua recomendação de compra para neutro e preço-alvo de R$ 22,50 para R$ 19,50.
- Klabin: recebeu a primeira parcela de R$ 800 milhões do acordo com a Timo; a segunda parcela (R$ 1 bi) está prevista para o 2º trimestre.
- Cruzeiro do Sul Educacional: aprovou a 2ª emissão de debêntures, no valor de R$ 300 milhões, com vencimento em 5 de fevereiro de 2030.
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