Câmbio: Dólar encerra sequência de 12 quedas seguidas e sobe

Via Últimas notícias – Monitor do Mercado

O dólar à vista registrou alta de 0,38%, cotado a R$ 5,79, nesta quarta-feira (5). Com isso, a moeda americana encerrou uma sequência de 12 pregões consecutivos de desvalorização, período em que acumulou queda de 4,83%.

Apesar do movimento de recuperação, o dólar ainda acumula queda de 0,73% na semana e recuo de 6,25% no ano, após ter subido 27,34% em 2024.

Segundo operadores do mercado, a alta do dólar ocorreu por ajustes técnicos e realização de lucros, depois da longa sequência de quedas. Além disso, fatores externos também influenciaram o câmbio, como a desvalorização das moedas latino-americanas e a queda no preço das commodities, especialmente do petróleo.

Imposto de Renda e impacto no mercado

Investidores monitoraram declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a reforma do Imposto de Renda. O governo propõe isenção para quem ganha até R$ 5 mil mensais, compensada por aumento de tributos sobre rendas mais altas.

A medida gera incerteza no mercado, já que pode impactar as contas públicas e a atratividade dos investimentos no Brasil. Analistas avaliam que a discussão sobre o IR pode provocar volatilidade no dólar nos próximos meses.

Cenário externo e expectativas sobre juros

No exterior, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a seis moedas fortes, recuou e ficou abaixo de 107,500 pontos, com desvalorização de mais de 1% ante o iene. O movimento ocorreu após aumento das apostas de que o Banco do Japão elevará seus juros.

Nos Estados Unidos, dados do mercado de trabalho vieram acima do esperado, com criação de vagas no setor privado acima das previsões. No entanto, o índice de gerente de compras (PMI) caiu de 54,1 em dezembro para 52,8 em janeiro, reforçando a possibilidade de cortes na taxa de juros americana ao longo do ano.

O mercado agora aguarda a divulgação do relatório de emprego (payroll) de janeiro, previsto para sexta-feira (7), que pode trazer novas sinalizações sobre a política monetária do Federal Reserve.

EUA e China: tensão comercial no radar

Investidores também acompanham o desenrolar das negociações entre Estados Unidos e China sobre tarifas de importação. Há expectativa de que Donald Trump possa suspender tarifas adicionais de 10% sobre produtos chineses, seguindo o modelo adotado com Canadá e México.

Em entrevista ao Estadão Broadcast, o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, destacou que o mercado reagiu positivamente à ausência de medidas mais agressivas de Trump, o que ajudou a fortalecer moedas emergentes, incluindo o real.

“A elevada taxa de juros local também favorece a entrada de fluxo estrangeiro, enquanto o cenário político em Brasília segue sem grandes ruídos”, afirma Galhardo.

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