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Nos últimos anos, o preço do café tem registrado aumentos significativos, com um crescimento de até 40% no último ano, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Esse cenário tem impulsionado a aparição de versões falsificadas do produto, conhecidas como “café fake”, que estão ganhando espaço nas prateleiras dos supermercados. Vendidos a preços mais baixos, esses produtos preocupam tanto a indústria quanto os consumidores.
Os “cafés fakes” são bebidas que imitam o sabor do café de forma artificial, utilizando misturas de impurezas como cascas, mucilagem, pau, pedra e palha. Esses componentes são proibidos por lei para o consumo humano, mas ainda assim são utilizados para reduzir custos de produção. A situação é alarmante, pois coloca em risco a saúde dos consumidores e prejudica a reputação do mercado de café.
Como identificar um café falsificado?
Identificar um café falsificado pode ser desafiador, mas algumas dicas podem ajudar os consumidores a evitarem esses produtos. A primeira recomendação é procurar o selo de pureza e qualidade da Associação Brasileira das Indústrias de Café (Abic) na embalagem. Esse selo garante que o produto foi testado e aprovado por órgãos competentes.
Além disso, é importante verificar a origem e a qualidade do produto. Muitos cafés falsificados não especificam a procedência dos grãos ou apresentam informações vagas no rótulo. O uso de QR Codes nas embalagens pode ser uma ferramenta útil para acessar informações detalhadas sobre o produto diretamente pelo celular.
Por que o preço do café está tão alto?
O aumento no preço do café pode ser atribuído a diversos fatores, incluindo condições climáticas adversas que afetaram a produção nos últimos anos. Fenômenos como geadas, restrição hídrica e altas temperaturas impactaram negativamente as safras, resultando em uma produção menor. Em 2024, a safra foi de 54,2 milhões de sacas de 60 quilos, uma redução de 1,6% em relação ao ano anterior, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Apesar dos preços elevados, o consumo de café continua a crescer. Entre janeiro e outubro de 2024, houve um aumento de 0,78% no consumo, conforme dados da Abic. Isso reflete a importância cultural e econômica do café, que é a segunda bebida mais consumida no mundo, atrás apenas da água.
Quais marcas estão envolvidas com o café falsificado?
Recentemente, a Abic identificou produtos de marcas como Oficial do Brasil e Melissa que se enquadram na categoria de “café fake“. Esses produtos são rotulados de forma enganosa, utilizando termos como “bebida sabor café” e “pó para preparo de bebida à base de café”. Tais práticas não apenas violam a legislação sanitária, mas também enganam os consumidores.
A legislação brasileira exige que novos alimentos e ingredientes sejam aprovados pela Anvisa antes de serem comercializados. Produtos que não seguem essas diretrizes podem representar riscos à saúde pública e prejudicar a confiança dos consumidores no mercado de café.
Como proteger-se contra o café falsificado?
Para evitar cair no golpe do café falsificado, os consumidores devem adotar algumas práticas ao realizar suas compras. Além de buscar o selo de qualidade da Abic, é importante desconfiar de preços muito baixos e pesquisar a reputação da empresa responsável pelo produto. Essas medidas podem ajudar a garantir que o café adquirido seja de qualidade e seguro para o consumo.
O setor cafeeiro está unido em busca de soluções para enfrentar os desafios atuais, garantindo que o café continue a ser um produto de confiança e qualidade para os consumidores em todo o mundo.
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