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A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revisou para baixo sua estimativa de crescimento do crédito em 2025, passando de 9% para 8,5%.
A revisão reflete a postura mais cautelosa das instituições financeiras, especialmente no crédito para famílias, cuja projeção caiu de 9,8% para 8,9%. Já para empresas, a expectativa passou de 7,8% para 7,1%.
Os recursos livres, que englobam financiamentos sem subsídio do governo, devem crescer 8,1%, enquanto a carteira direcionada, que inclui crédito imobiliário e rural, deve avançar 9%.
A atualização consta na Pesquisa de Economia Bancária e Expectativas, realizada com 21 bancos entre 5 e 10 de fevereiro.
Segundo Rubens Sardenberg, diretor da Febraban, a revisão já era esperada diante da piora do cenário econômico, com inflação elevada e juros altos. O desempenho do crédito dependerá ainda da política fiscal e de outros fatores.
Inadimplência e previsão para 2026
A projeção para a inadimplência da carteira livre caiu ligeiramente, de 4,7% para 4,6%, mas segue acima do nível registrado no final de 2024 (4,1%).
Para 2026, os bancos esperam que o crédito desacelere ainda mais, crescendo 7,7%, com maior impacto na carteira de recursos livres (7,1%), enquanto as linhas direcionadas devem avançar 8,6%.
Selic pode atingir 15,25% ao ano
A pesquisa também mostrou que 76,2% dos entrevistados acreditam que a taxa Selic superará 14,25% em 2025 e que não haverá cortes de juros no ano. A expectativa mediana aponta para um pico de 15,25% ao ano em junho, com manutenção desse patamar até setembro.
A previsão para o dólar é de leve desvalorização do real, chegando a R$ 5,95 por dólar até setembro.
Inflação e PIB sob pressão
Com relação à inflação, 47,6% dos analistas esperam que fique próxima de 5,5%, mas um terço já vê o indicador superando 6% no ano.
Para o PIB, 52,4% dos participantes da pesquisa ainda projetam alta de 2% em 2025, mas houve um aumento na parcela dos que esperam desaceleração mais acentuada, de 27,8% para 33,3%.
Cenário externo
Nos Estados Unidos, a maioria dos bancos (71,4%) prevê cortes modestos na taxa de juros, entre 1 e 2 reduções de 0,25 ponto percentual. No entanto, 28,6% dos entrevistados não descartam a manutenção da taxa ou até mesmo uma elevação dos Fed Funds em 2025.
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