Via Últimas notícias – Monitor do Mercado
O pregão desta segunda-feira (5) começou com um forte abalo no mercado financeiro global. O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, registrou uma queda histórica de 12,4%, a maior desde a Black Monday de 1987. Esse movimento apagou todo o ganho acumulado pelo mercado japonês em 2024, colocando a Bolsa em território negativo e acendendo um sinal de alerta para uma possível tendência de baixa.
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Impactos globais após queda da Bolsa de Tóquio
A queda no índice Nikkei é um reflexo das preocupações globais com a economia. Os investidores estão cada vez mais atentos ao cenário macroeconômico dos Estados Unidos, especialmente após a divulgação do relatório Payroll na última sexta-feira (2).
O documento, que é o indicador mais importante do mercado de trabalho americano, revelou a criação de 114 mil postos de trabalho em julho, bem abaixo das expectativas de 175 mil.
Esse dado, aliado às tensões geopolíticas no Oriente Médio e às incertezas quanto ao retorno dos investimentos em inteligência artificial, contribuiu para a aversão ao risco nos mercados globais.
Petróleo e criptomoedas em queda
A queda do petróleo é outro indicador de que o mercado se prepara para uma possível recessão. O preço do barril de petróleo Brent caiu 1,5%, chegando a US$ 72. Este movimento é visto como um reflexo direto das incertezas econômicas, levando o mercado a buscar refúgio em ativos mais seguros.
Além disso, as criptomoedas também sofreram um forte impacto. O Bitcoin, por exemplo, caiu 13,3%, enquanto o Ethereum desvalorizou quase 20%. Esse cenário é conhecido como “sell-off”, quando investidores vendem seus ativos rapidamente diante de incertezas econômicas.
Expectativa para os juros nos EUA
Com o mercado em queda, aumentam as apostas de que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, poderá cortar os juros de forma mais agressiva. Atualmente, 70% dos analistas acreditam em um corte de 0,5 ponto percentual, e não mais de 0,25 ponto. Embora essa seja uma notícia positiva para o mercado, a perspectiva de uma recessão global ainda preocupa.
Para os investidores brasileiros, é importante ficar atento aos reflexos dessa movimentação global. Ações de empresas ligadas a commodities, como Petrobras, podem sofrer, assim como o índice EWZ, que acompanha os recibos de ações brasileiras negociados em Nova York.
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