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Após uma segunda-feira marcada por quedas abruptas, os mercados globais apresentaram sinais de recuperação nesta terça-feira (6). No Japão, o índice Nikkei, que despencou 12% na sessão anterior, registrou uma alta de 10,2%.
Desempenho dos mercados globais
S&P 500 Futuro: +0,6%
STOXX 600: +0,1%
FTSE 100: estável
Nikkei 225: +10,2%
Hang Seng: -0,3%
Shanghai SE Comp.: +0,2%
MSCI EM: +1,1%
Dollar Index: +0,4%
Yield 10 anos: +4,9 bps a 3,8371%
Petróleo WTI: +0,6% a US$ 73,35 o barril
Futuro do minério em Singapura: -1,2% a US$ 102,6 a tonelada
Bitcoin: +1,5% a US$ 55,230.18
Recuperação em Tóquio
A bolsa japonesa se recuperou após três dias consecutivos de quedas, que somaram uma perda de 20%. O Circuit Breaker, mecanismo que suspende as negociações temporariamente para conter a volatilidade, foi acionado novamente devido à alta.
A última vez que se observou uma queda tão acentuada em tão curto período foi durante a crise de Fukushima, em 2011, após o terremoto e tsunami que abalaram o país.
Pré-mercado nos EUA
Nos Estados Unidos, os futuros das bolsas indicam uma abertura estável, com leves altas de 0,2% a 0,3%. Esse comportamento segue a queda de 3% registrada nos principais índices norte-americanos na segunda-feira.
A presidente do Fed de San Francisco, Mary Daly, disse ontem que o emprego está perdendo força e que o Fed deve começar a cortar juros nos próximos trimestres.
Cenário doméstico
No Brasil, a B3 mostrou uma resiliência relativa. Apesar da forte pressão vendedora global, o Ibovespa recuou apenas 0,46% na segunda-feira, muito abaixo das quedas registradas em outras praças financeiras.
O dólar, que chegou a ser cotado a R$ 5,86 durante o pregão, fechou o dia a R$ 5,74, indicando uma ligeira recuperação.
O Banco Central divulgou agora pela manhã a ata do Copom, que manteve a Selic em 10,50% ao ano. Entre os pontos da ata, os membros do comitê concordaram que há mais riscos para cima na inflação e que o cenário externo se mantém adverso.
Ainda na agenda de hoje, o Tesouro faz leilão de NTN-Bs e LFTs e a Secretaria do Comércio (Secex) divulga a balança comercial de julho, às 15h, com estimativa de saldo de US$ 7,7 bilhões.
Geraldo Alckmin afirmou que o governo vai cortar gastos para cumprir as metas fiscais, permitindo um ambiente favorável ao corte de juros. O presidente Lula participa de eventos no Chile.
Destaque para balanços de empresas
A Prio teve queda de 30,3% na produção em julho ante junho, para 67,7 mil barris de óleo equivalente por dia (boed). A Vamos lucrou R$ 205,5 milhões no 2T24, crescimento de 93%. A Pague Menos reverteu prejuízo para lucro de R$ 32,5 milhões no 2º trimestre de 2024.
Para hoje, estão previstos os resultados da Blau Farmacêutica, Frasle, Grupo Pão de Açúcar (GPA), Iguatemi, Itaú, Movida, Odontoprev, Prio, RD Saúde, Vibra Energia e Vulcabras. A RD Saúde anunciou Renato Raduan como novo diretor-presidente. A Latam Airlines planeja investir US$ 2 bilhões no Brasil em dois anos.
Expectativas para os juros nos EUA
O foco dos investidores continua voltado para a política monetária dos Estados Unidos. O relatório de emprego (payroll) divulgado na sexta-feira passada mostrou uma criação de vagas abaixo do esperado, alimentando expectativas de que o Federal Reserve (Fed) possa cortar os juros em breve.
Entretanto, o mercado permanece dividido entre o temor de uma recessão global e a esperança de que cortes nos juros possam sustentar a economia. Esse comportamento é típico de um mercado volátil, onde as reações aos mesmos eventos podem variar de um dia para o outro.
Imagem: Divulgação
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