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Em julho, a Bolsa teve, pela primeira vez no ano, um superávit mensal, recebendo mais investimentos estrangeiros do que retiradas. O saldo final da entrada de dinheiro internacional foi de R$ 3,6 bilhões no mês. O saldo negativo do ano é de R$ 35,89 bilhões.
Segundo o BTG Pactual, as expectativas seguem positivas para o mês de agosto. E os dados têm corroborado a previsão. Na última quarta-feira (7), investidores estrangeiros realizaram, ao todo, um investimento de R$ 919 milhões em recursos no segmento secundário da bolsa brasileira (ações já listadas) — mesmo dia em que o Ibovespa registrou uma alta de 0,99%.
Cenário doméstico
Segundo a B3, na contramão do superávit de dinheiro gringo, na mesma data o investidor institucional contribuiu para o saldo negativo de R$ 809 milhões com retiradas, totalizando R$ 1,749 bilhão. Com esses números, o déficit anual chegou a R$ 6,51 bilhões.
Já o investidor individual contribuiu para a soma de R$ 126 milhões em retiradas, levando o superávit de agosto a R$ 1,03 bilhão e o superávit anual para R$ 24,09 bilhões.
No ano passado, na relação de novembro e dezembro, a Bolsa recebeu R$ 20 bilhões em investimento líquido estrangeiro, em cada mês, contra os R$ 3,6 bilhões atuais.
Fluxo cambial
Segundo dados preliminares do Banco Central, até o dia 2 de agosto o fluxo cambial (registro de entradas e saídas de moeda estrangeira no país, divulgado pelo Banco Central) se mostrou positivo, em US$ 13,716 bilhões. No ano anterior, foi registrada entrada líquida de US$ 11,491 bilhões.
Em saída líquida há um acúmulo de US$ 43,672 bilhões, com aportes de US$ 347,219 bilhões e retiradas de US$ 390,891 bilhões; O segmento considera investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.
O fluxo cambial de julho ficou positivo em US$ 1,743 bilhão. No mês anterior, o fluxo foi positivo em US$ 5,603 bilhões.
Principais fatores da alta da Bolsa
Referente à alta de julho, o Banco BTG atribui à queda dos treasuries (títulos do tesouro dos EUA) e à maior certeza do corte de juros pelo Federal Reserve (banco central norte-americano) e mantém as boas expectativas para os meses que seguem: “Continuamos a acreditar que as taxas de longo prazo menores nos EUA e o início do ciclo de flexibilização monetária em setembro devem atrair capital para o Brasil”, afirma.
O Banco avalia, ainda, que o desempenho da B3 poderia ter sido melhor, não fosse a “crise de confiança monetária e fiscal do Brasil, que recai sobre o mercado desde abril”.
Os analistas destacam que a bolsa brasileira está em ponto de entrada atrativo e pode configurar nos próximos meses o momento propício para entrar em ações de qualidade, aproveitando a dinâmica macroeconômica.
Imagem: Divulgação
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