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Hoje, os mercados financeiros globais estão focados na divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos Estados Unidos, referente ao mês de julho. O indicador, que será revelado às 9h30 (horário de Brasília), é considerado crucial para definir as próximas decisões do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, conseguiu zerar as perdas acumuladas ao longo de 2024, fechando o pregão de ontem aos 132 mil pontos. Esse desempenho reflete uma alta de 1% e reverte uma queda que já superou 10% no ano, quando o índice chegou a cair abaixo dos 120 mil pontos.
Expectativa de corte de juros nos EUA
O mercado projeta uma alta de 0,2% no CPI mensal, o que resultaria em uma taxa anual de 3%. Este número é próximo da meta de inflação do Fed e, se confirmado, pode reforçar as expectativas de um corte de juros mais agressivo em setembro, possivelmente de 0,5 ponto percentual.
Um corte nos juros tem potencial para impulsionar as bolsas globais, pois o custo mais baixo do crédito tende a estimular os investimentos em ativos de maior risco, como ações.
Ontem, o Índice de Preços ao Produtor (PPI) dos EUA ficou abaixo das expectativas, contribuindo para altas nas bolsas de Nova York.
Cenário internacional
Antes da divulgação do CPI, o cenário global apresenta leve otimismo. O índice S&P 500 futuro está estável, enquanto o Stoxx Europe 600 avança 0,2% e o FTSE 100, em Londres, sobe 0,3%.
No Japão, o Nikkei 225 fechou em alta de 0,6%, enquanto o índice MSCI de mercados emergentes registrou alta de 0,6%. Por outro lado, o índice de Xangai caiu 0,6%, refletindo preocupações com a economia chinesa.
O mercado de commodities também apresenta variações. O petróleo WTI opera em queda de 0,1%, cotado a US$ 78,28 por barril, enquanto o minério de ferro em Singapura registra uma queda significativa de 2,8%, chegando a US$ 95,8 por tonelada.
Cenário doméstico
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará hoje, às 9h, os dados das vendas no varejo de junho. A expectativa é de uma queda de 0,6% em relação ao mês anterior, mas com um crescimento anual de 5,5%. Esses números são essenciais para avaliar o ritmo da recuperação econômica no país.
Em Brasília, os investidores acompanham com atenção a votação no Senado sobre a renegociação das dívidas dos estados com a União, além das discussões sobre a desoneração da folha de pagamento.
Estas medidas são cruciais para o equilíbrio fiscal e podem impactar a confiança dos investidores no mercado local.
Corporativo
No mercado corporativo, o BTG Pactual registrou um lucro de R$ 2,9 bilhões no segundo trimestre de 2024, um aumento de 15% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A JBS também apresentou um desempenho positivo, com lucro de R$ 1,7 bilhão no segundo trimestre, revertendo o prejuízo do ano passado. A empresa ainda anunciou o pagamento de R$ 4,44 bilhões em dividendos.
Por outro lado, a Localiza reportou um prejuízo de R$ 569,5 milhões no segundo trimestre, um aumento significativo em relação às perdas de R$ 88 milhões registradas no mesmo período do ano anterior.
Hoje, o mercado aguarda os resultados de outras grandes empresas brasileiras, como Gol, Americanas, BRF, Marfrig e Cosan, que podem trazer volatilidade adicional para o pregão.
Imagem: Piqsels
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