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O dólar fechou em leve alta de 0,24%, a R$ 5,49, nesta segunda-feira (26). A alta reflete a cautela dos investidores em meio à expectativa por novos sinais sobre a política monetária, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
Formação da taxa de câmbio
Nos últimos pregões da semana passada, o dólar registrou movimentos abruptos, com uma alta de 1,98% na quinta-feira (22) e uma queda de 1,99% na sexta-feira (23), o que intensificou a incerteza no mercado.
A formação da taxa de câmbio foi influenciada por fatores divergentes. No cenário internacional, a alta do dólar foi impulsionada por uma correção após a queda no final da semana passada, além de um aumento na tensão geopolítica no Oriente Médio, o que pressionou a moeda americana para cima.
Por outro lado, a valorização das commodities, especialmente do minério de ferro e do petróleo, juntamente com a entrada de capital estrangeiro na bolsa brasileira, deu suporte ao real, limitando uma depreciação mais acentuada da moeda brasileira.
Cenário externo
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, também registrou alta leve, operando ao redor de 100,900 pontos. O dólar se valorizou em relação à maioria das moedas de países exportadores, influenciado pela alta nos preços do petróleo, que subiu mais de 3% devido à interrupção da produção na Líbia e ao conflito entre Israel e Hezbollah no Líbano.
Política monetária nos EUA
Nos Estados Unidos, já se observa no mercado o início de um processo de corte de juros em setembro, após as declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no Simpósio de Jackson Hole na última sexta-feira (23). A expectativa agora está nos próximos indicadores econômicos que serão divulgados, como o PIB americano na quinta-feira (29) e o índice de preços de gastos com consumo (PCE) na sexta-feira (30).
Expectativa para o mercado brasileiro
No Brasil, a agenda também está carregada, com a divulgação do IPCA-15 de agosto nesta terça-feira (27). Além disso, há um monitoramento das recentes comunicações do Banco Central. Na semana passada, houve desconforto no mercado devido a sinais divergentes entre os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) em relação à taxa Selic. O mercado avalia o impacto dessas divergências na estratégia monetária do país.
Para o Rabobank, o real tende a se valorizar com o início dos cortes de juros pelo Fed em setembro e a manutenção da taxa Selic em 10,50% ao ano. O banco projeta uma taxa de câmbio de R$ 5,20 no final de 2024 e R$ 5,18 em dezembro de 2025, embora ressalte que o lento ajuste das contas públicas nacionais mantém as incertezas fiscais sobre a moeda brasileira.
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