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A Bolsa de Valores brasileira (B3) encerrou o pregão de terça-feira (24) com alta significativa, fechando em 132.000 pontos, após cinco quedas consecutivas sob impacto da divulgação do relatório de receitas e despesas do governo, que revelou um déficit de R$ 30 bilhões.
A alta do Ibovespa foi influenciada principalmente pelo bom desempenho das ações da Vale e da Petrobras. Com esse impulso, o índice conseguiu reduzir a perda acumulada em 2024 para 1,5%.
Também houve reação dos investidores à divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que sinalizou a possibilidade de novas elevações na taxa Selic, embora não tenha dado indicações claras sobre o ritmo dos próximos ajustes.
Logo mais os ânimos foram acalmados pela redução das taxas dos contratos de juros futuros com vencimento a partir de 2026.
Manchetes desta manhã
Copom adota tom duro na ata e reforça expectativa de alta mais forte do juro na próxima reunião (Valor)
Brasileiros gastam R$ 21 bi com apostas online via Pix em agosto (Folha)
BC alerta sobre gastos ‘expansionistas’ e defende política fiscal ‘crível’ (Globo)
Beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bi via Pix em casas de apostas (Estadão)
Mercado global
As bolsas da Europa seguem buscando sustentação, sem indicadores regionais importantes após o período de euforia com as notícias da China.
Na Ásia, as bolsas também fecharam sem direção única, com alguns mercados realizando lucros enquanto a China segue em alta após a divulgação do pacote de estímulos à economia.
Em Nova York, os índices futuros iniciaram o dia em queda, após renovarem as máximas históricas na véspera. O S&P 500 futuro recua 0,06%, enquanto o Stoxx Europe opera em baixa de 0,02%.
Confira os principais índices do mercado:
S&P 500 Futuro -0,06%
STOXX 600 -0,02%
FTSE 100 +0,23%
Nikkei 225 – 0,19%
Hang Seng +0,68%
Shanghai SE Comp. +1,16%
MSCI EM +0,48%
Dollar Index +0,06%
Yield 10 anos +0,017 bps a 3,753%
Petróleo WTI -0,78% a US$ 71,00 barril
Bitcoin -0,54% a US$ 63.653,00
Commodities
Petróleo: recuou em meio a reavaliações sobre os planos de estímulo da China. O brent/nov a US$ 74,68; o WTI/nov a US$ 71,00
Minério de ferro: fecha mais uma vez em forte alta em Dalian: +4,19%, cotado a US$ 100,97/ton. Em Cingapura, os contratos também estão em alta com o futuro a +1,37% a US$ 96,45/ton e o mercado à vista em alta de +0,27% cotado a US$ 92,85/ton.
Destaque nas ações da Vale e Petrobras
As ações da Vale lideraram os ganhos na bolsa e alcançaram sua segunda melhor performance do ano nesta terça-feira, frente uma valorização de quase 5%.
Esse avanço foi impulsionado pela alta de 4,64% no preço do minério de ferro, após o governo chinês anunciar um pacote de estímulos econômicos. Avaliado em 1 trilhão de yuans (aproximadamente US$ 142 bilhões), o pacote é o maior desde a pandemia e visa conter a desaceleração econômica na China, principal mercado da Vale.
O setor de energia também teve forte desempenho. As ações da Petrobras registraram alta de 0,75%, refletindo o aumento no preço do petróleo, que se manteve próximo de US$ 74,47 o barril.
Os principais fatores responsáveis por esse movimento são as preocupações com a oferta, em razão de um furacão no Golfo do México, e as tensões geopolíticas globais, que seguem pressionando os preços da commodity.
Cenário internacional
Nos EUA, os investidores aguardaram com expectativa os dados sobre licenças de construção para o mês de agosto, divulgados há pouco, às 9h30; além do indicador de vendas de casas novas, que está previsto para as 11h.
Também na agenda desta manhã, a Administração de Informações de Energia (EIA, na sigla em inglês) deve apresentar logo mais às 11h30 o relatório semanal sobre estoques de petróleo.
Para as 14h está previsto o leilão de T-Notes de 5 anos do Tesouro. E ao final do dia, às 17h, o mercado aguarda o discurso da diretora do Fed, Adriana Kugler.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda iniciou antes das 8h, com a divulgação da prévia do IPC-Fipe, que subiu 0,15% na terceira semana de setembro, após alta de 0,10% na prévia anterior.
Em seguida, às 8h, a FGV divulgou o índice nacional de custo da construção – M (INCC-M) de setembro e a sondagem da construção; e posteriormente, às 8h30, o Banco Central divulgou a nota sobre o setor externo e transações correntes referentes ao mês de agosto.
O destaque da agenda do dia, portanto, são os dados do IPCA-15 de setembro, divulgados pelo IBGE às 9h. O mercado previa uma aceleração da inflação para 0,28% em setembro, ante 0,19% de agosto.
Na parte da tarde, às 14h30, o BC deve apresentar os dados sobre o fluxo cambial da semana encerrada em 20 de setembro; encerrando os compromissos do dia com a fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no evento da J. Safra Asset, às 17h.
Ontem, o dólar fechou em queda de 1,30%, a R$ 5,4627, e o Ibovespa superou as quedas consecutivas, avançando 1,21%, aos 132.141 pontos.
Destaques no mercado corporativo
Vale: teve destaque no último pregão da bolsa, com valorização de 4,88%, para R$ 60,34, recuperando R$ 13 bilhões em valor de mercado. empresa foi avaliada em R$ 274 bilhões, após o anúncio do pacote de estímulos à economia chinesa.
Usiminas PNA: fechou em alta de 6,03%
CSN ON: registrou avanço de 9,39%.
Cemig e sua subsidiária Cemig GT: anunciaram retomada do leilão na B3 para venda das usinas de Machado Mineiro, Sinceridade, Martins e Marmelos, com previsão para realização em 5 de dezembro.
WEG: anunciou a distribuição de R$ 293,9 milhões em Juros sobre Capital Próprio (JCP).
Arauco: aprovou investimento de US$ 4,6 bilhões em fábrica de celulose no Brasil. A capacidade produtiva de sua futura unidade deve avançar 40% a em relação aos planos anunciados inicialmente.
Porto Seguro: aprovou a distribuição de R$ 263 milhões em Juros sobre Capital Próprio (JCP).
Embraer: anunciou investimento em um novo centro de manutenção, reparo e revisão nos EUA. O início das operações está previsto para o primeiro trimestre de 2025. As instalações contam com um hangar já existente, além de uma segunda unidade, que será construída até 2027.
Azul: teve sua classificação rebaixada pela Fitch Ratings, para ‘CCC’, que mencionou risco de refinanciamento e perfil de fluxo de caixa mais fraco.
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