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O Governo Central apresentou um déficit primário de R$ 22,4 bilhões em agosto, superando as estimativas da pesquisa Prisma Fiscal, que projetava um déficit de R$ 19,4 bilhões. No mesmo mês de 2023, o déficit foi maior, somando R$ 26,7 bilhões. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (3) pelo Tesouro Nacional.
O déficit primário conjunto do Tesouro Nacional e do Banco Central ficou em R$ 3,5 bilhões, enquanto a Previdência Social (RGPS) registrou um déficit de R$ 18,9 bilhões. Esse resultado foi impulsionado pelo aumento de 6,2% na receita líquida e de 2,0% nas despesas totais, em comparação com agosto de 2023.
Crescimento das receitas impulsiona resultado
O crescimento real da receita líquida foi puxado pelo aumento na arrecadação de Imposto de Renda, com adição de R$ 6 bilhões, Cofins arrecadou R$ 4,6 bilhões e PIS/Pasep, cerca de R$ 745,3 milhões, com destaque para o setor de combustíveis, após o fim das desonerações. O IPI também teve alta de R$ 2 bilhões. A arrecadação do RGPS cresceu R$ 4,2 bilhões, refletindo o aumento da massa salarial e do emprego formal.
Por outro lado, as “Outras Receitas Administradas” recuaram R$ 1,8 bilhão e as receitas não administradas caíram R$ 598,2 milhões.
Despesas de campanha eleitoral pressionam gastos do governo
Entre as despesas, o crescimento foi impactado pelo Abono e Seguro-Desemprego, que totalizou R$ 4,3 bilhões, pelos gastos com a campanha eleitoral (R$ 5 bilhões) e pelos benefícios previdenciários (R$ 2,6 bilhões).
Houve, contudo, uma redução significativa de R$ 8,5 bilhões nas despesas do Executivo, com destaque para a queda de R$ 7,9 bilhões em despesas discricionárias.
Acumulado do ano ainda deficitário
De janeiro a agosto de 2024, o Governo Central acumulou um déficit de R$ 100 bilhões, menor que o de R$ 105,9 bilhões registrado no mesmo período de 2023. Esse resultado reflete o superávit de R$ 139,6 bilhões do Tesouro Nacional e Banco Central, compensado pelo déficit de R$ 239,6 bilhões da Previdência Social. A receita líquida no período aumentou 8,4%, enquanto as despesas cresceram 7,1%.
O crescimento da arrecadação, impulsionado por impostos como Cofins, PIS/Pasep, Imposto de Renda e IPI, foi o principal fator de melhora, ao passo que os gastos com saúde e previdência continuam a pressionar as despesas totais.
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