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A Bolsa de Valores brasileira fechou a semana em queda de 1,39%, com o índice próximo dos 130 mil pontos. O principal fator para o recuo é a crescente preocupação com o cenário fiscal do país. A ausência de medidas claras para controlar os gastos públicos tem elevado o risco fiscal, pressionando o mercado de ações e os investidores.
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Juros futuros e dólar em alta
Os juros futuros dispararam mais uma vez, com destaque para os contratos de longo prazo, que registraram alta de mais de 1% no dia. Desde o início do ano, as taxas de juros com vencimento entre 2026 e 2036 já acumulam elevações de 20% a 30%, impactando negativamente o custo de captação para empresas e aumentando o endividamento do governo.
A moeda brasileira segue desvalorizada e é a pior desempenho entre as moedas da América Latina em 2024. O dólar atingiu quase R$ 5,70, um nível que não era visto há meses, o que amplia a preocupação com a inflação e o poder de compra dos brasileiros.
Anúncio de compra de aviões aumenta incerteza fiscal
Em meio a esse cenário de deterioração fiscal, o presidente Lula anunciou a compra de novos aviões para o governo. O anúncio foi feito em um momento em que a dívida pública está em alta, o que gerou maior apreensão sobre a capacidade do governo de manter as contas equilibradas.
Investidores estrangeiros continuam a retirar capital do país. Apenas em outubro, até o momento, já foram retirados R$ 2,5 bilhões. No acumulado do ano, o saldo negativo já passa de R$ 30 bilhões, evidenciando a fuga de capital motivada pela falta de confiança na política fiscal.
Mercados internacionais em alta
Enquanto isso, os mercados internacionais mostram uma trajetória oposta. Nos Estados Unidos, as bolsas encerraram o dia em alta, impulsionadas pelos balanços positivos de grandes empresas. O destaque foi o JPMorgan, que reportou um lucro de US$ 12,9 bilhões no terceiro trimestre de 2024, superando as expectativas do mercado, que projetava US$ 11,7 bilhões.
Com isso, as ações do banco fecharam o dia com alta de mais de 5%, levando outros bancos a também revisarem suas expectativas de lucro para cima. O índice Nasdaq subiu 0,20%, enquanto o S&P 500 teve alta de 0,69%, renovando a máxima histórica em um mês com uma valorização de cerca de 5%. O índice Dow Jones também bateu recorde, subindo 1,04% no dia.
Desafios para o Brasil
Enquanto os mercados internacionais seguem com boas perspectivas, o Brasil enfrenta um cenário desafiador. A falta de controle fiscal e o aumento da dívida pública pressionam o real, elevam os juros e desestimulam investimentos.
Caso o governo não implemente medidas para equilibrar as contas, o país poderá enfrentar uma inflação mais alta e uma desvalorização ainda maior da moeda, prejudicando tanto consumidores quanto investidores.
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