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Recentemente, houve uma proliferação de informações falsas nas redes sociais afirmando que a Serasa Experian estaria obrigada a pagar indenizações de até R$ 30 mil a brasileiros cujos dados pessoais foram vazados. As alegações, que chegaram a alcançar grande engajamento online, baseiam-se em desinformação sobre uma ação judicial ainda em curso.
O contexto do vazamento de dados
Em janeiro de 2021, foi revelado um vasto vazamento de informações pessoais que afetou mais de 223 milhões de registros de brasileiros, incluindo dados sensíveis como CPF e números de telefone. A suspeita inicial é de que a Serasa Experian estivesse envolvida na venda dessas informações, o que motivou o Instituto Sigilo a acusar a empresa de violar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Ação civil pública e a resposta da Serasa
O Ministério Público Federal (MPF) ingressou, em dezembro daquele ano, como coautor em uma ação civil pública exigindo que a Serasa Experian fosse condenada ao pagamento de R$ 200 milhões em multas, além de indenizações individuais de R$ 30 mil para os prejudicados pelo vazamento.
No entanto, a Serasa nega qualquer envolvimento, afirmando que não há evidências de que sua base de dados tenha sido comprometida. O processo continua em tramitação e não há nenhuma sentença que obrigue a empresa a realizar tais pagamentos.
Divulgação de informações falsas
A desinformação sobre a suposta indenização da Serasa ganhou novo fôlego no início deste ano, essencialmente por meio de plataformas como o TikTok. Um vídeo sugeria que brasileiros, independentemente do número do CPF, poderiam receber os R$ 30 mil mencionados e incentivava interações para futuras revelações de como acessar tal “benefício”.
Estas informações enganosas não são novas. Em fevereiro de 2023, conteúdos similares também se espalharam, com alguns até imitando portais de notícias para aumentar a credibilidade da reivindicação falsa.
A importância de checar fatos
O fenômeno das fake news em assuntos sensíveis como o vazamento de dados pessoais destaca a importância de consultar fontes confiáveis para verificar informações. Agências de checagem como o Estadão Verifica têm desmentido tais rumores, alertando os consumidores sobre golpes e campanhas enganosas.
Em comunicado, a Serasa Experian enfatizou a falsidade das notícias e destacou que resultados de perícias independentes confirmaram sua defesa, não encontrando vestígios de invasão em seus sistemas.
O desfecho incerto
O processo legal contra a Serasa Experian ainda se encontra em curso no Tribunal Regional Federal da 3ª Região em São Paulo. Até o momento, nenhuma decisão foi proferida exigindo reparações financeiras por parte da empresa aos consumidores afetados pelo vazamento de dados.
A confusão em torno da suposta indenização serve de alerta, não apenas para a verificação de fontes antes de acreditar em informações espalhadas online, mas também para a conscientização sobre a segurança dos dados pessoais em meio à era digital.
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