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O dólar fechou esta terça-feira (15) em alta de 1,33%, cotado a R$ 5,66, maior nível desde o início de agosto. Ontem, o mercado reagiu positivamente às notícias de que o governo federal está avaliando medidas para conter o aumento das despesas. No entanto, a divulgação de detalhes preliminares sobre essas possíveis medidas, combinada a fatores externos, pressionou o câmbio.
Incertezas fiscais
De acordo com informações obtidas pelo Broadcast, o governo estuda dois cenários para a revisão dos gastos públicos. O primeiro seria um plano abrangente, que envolveria diversos ministérios e programas, enquanto o segundo seria mais restrito, focando em medidas já conhecidas, como o aumento da fiscalização de benefícios sociais e previdenciários.
No entanto, especialistas apontam que, sem uma solução fiscal robusta, a dívida pública pode se tornar insustentável. Alexandre Mathias, estrategista-chefe da Monte Bravo, destacou que um dos pacotes sendo estudados pelo governo seria insuficiente para lidar com a crescente dívida pública.
Declarações de Trump e petróleo
Além das preocupações internas, o dólar encontrou suporte em fatores internacionais. As recentes declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em defesa do aumento de tarifas de importação, sugerem uma possível desaceleração no corte de juros americanos, impactando diretamente o câmbio.
Outro fator que pressionou o real foi a queda de aproximadamente 4% nos preços do petróleo, afetando as moedas de países emergentes com forte ligação a commodities.
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