Ele evitou responder se considera a postura de Jair Bolsonaro na campanha em Curitiba uma traição. Na disputa, Graeml conta com apoio do ex-presidente, do PL —partido que, formalmente, compõe a chapa de Pimentel e tem como representante seu candidato a vice-prefeito, Paulo Martins. “Não é uma disputa por quem tem o apoio dele, é um encaminhamento claro do que aconteceu no primeiro turno com as coligações. Agora, independe o apoio que cada um tem. Vale o que cada candidato pensa, o histórico de cada candidato”, respondeu. “É uma avaliação muito pessoal dele, prefiro não comentar”, disse o candidato ao ser questionado sobre um vídeo gravado por Bolsonaro em apoio a sua adversária.
Pimentel afirmou que não pretende mudar a ideologia de nenhum eleitor e que representa uma escolha segura diante da falta de experiência da adversária. “Nós não podemos cair na aventura da inexperiência. Você querer aprender a ser prefeito no cargo de prefeito, você leva três anos. Até lá, a cidade quebrou; até lá, o empresário quebrou; até lá, a educação pública parou, faltou medicamento na unidade de saúde. Nós temos de ter muita responsabilidade neste momento”, declarou.
A vinda da candidata ao segundo turno foi em cima de uma campanha que ela fez, nos últimos 15 dias principalmente, de muita fake news e desinformação. Me atacou agressivamente com desinformações, com mentiras e com ações que fizeram ela crescer. Agora, no segundo turno, nós estamos tendo a oportunidade de mostrar quem é quem. Independentemente de apoio político, agora vale o que cada um pensa, o que cada um tem de proposta para cidade de Curitiba.
Eduardo Pimentel
O candidato do PSD disse que pretende atrair votos que foram para a esquerda no primeiro turno com o diálogo. “Eu não sou, ela [Cristina] é uma candidata extremista. Eu sou um homem de diálogo. Fiz isso ao longo de toda a minha carreira pública, sempre recebi e respeitei a todos. Eu tenho minhas posições muito claras e firmes, mas sou uma pessoa do diálogo e não quero mudar a ideologia de ninguém. Ideologia não coloca comida na mesa, não abre vaga de creche, não coloca remédio na prateleira da unidade de saúde”, afirmou.
A entrevista foi conduzida pelo jornalista Diego Sarza, com participações dos repórteres Rafael Neves, do UOL e Fabio Victor, da Folha. Cristina também foi convidada para sabatina, mas ainda não confirmou sua participação.
Propostas para Curitiba
O candidato do PSD prometeu, caso eleito, reduzir o valor da tarifa do transporte público —atualmente em R$ 6, uma das mais caras do país. A mudança deve ser feita a partir da nova concessão, prevista para setembro de 2025. Na mesma área, Pimentel se comprometeu a adotar tarifa pela metade, aos domingos e feriados, e a isenção de cobrança para quem está desempregado.
Publicitário e Jornalista.