Virei mãe terapeuta, diz mãe de menino com paralisia cerebral



Quando as pessoas perguntavam porque Gabriel apresentava algum atraso de desenvolvimento, ela dizia que era por conta da prematuridade.

Foi um processo de terapia, de cura e de aceitação para mim, porque até então eu não falava. Eu não falava em voz alta nem para os meus familiares que ele tinha paralisia cerebral, não tinha coragem de falar.Janaina Pacheco

Com quatro meses de vida, Gabriel iniciou terapias para ajudar no desenvolvimento. Janaina diz que se tornou uma mãe terapeuta, ficava tensa e analisava o filho o tempo todo para identificar se ele tinha algum outro diagnóstico. A pressão não era agradável e saudável para a relação deles.

Quando Gabriel começou a falar, Janaina o levou em uma consulta com uma neurologista e ouviu a médica verbalizar em alto e bom som que ele tinha paralisia cerebral. Foi assim que Janaina sentiu um choque de realidade e assimilou de fato a notícia.

A partir daí, como processo de cura para compreender e lidar com o diagnóstico, ela passou a compartilhar a história do filho para alcançar outras mães, ressignificando a dor que sentiu por seus filhos.

Comecei a escrever, as mães começaram a me procurar e isso me fez bem, porque eu botei para fora finalmente. Comecei a enxergar [Gabriel] de uma outra maneira. Ele tem paralisia cerebral, é meu filho, a coisa mais importante da minha vida e a gente vai passar por isso juntos.Janaina Pacheco



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