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A Gol (GOLL4) protocolará o seu plano inicial de reestruturação no Tribunal de Falências dos EUA, avançando no seu processo de Chapter 11 (equivalente ao processo de recuperação judicial), segundo informou a companhia aérea nesta segunda-feira (9).
A companhia busca reorganizar suas finanças, reduzir dívidas e fortalecer suas operações. A declaração de divulgação (disclosure statement), que detalha o plano e explica os direitos dos credores, também foi submetida.
Nesta terça-feira (10), as ações da companhia aérea — que são negociadas fora do Ibovespa — disparam e sobem 10,40%, às 12h50, negociadas a R$ 1,38. Na máxima intradiária, os papéis registraram um avanço acima dos 16%.
O processo segue o Acordo de Apoio ao Plano de Reestruturação (PSA), anunciado em novembro, envolvendo a GOL, a Abra (maior credora) e outros participantes. A votação do plano pelos credores está prevista para começar após uma audiência em 15 de janeiro de 2025.
Redução de dívida e captação de novos recursos
O plano estabelece uma redução significativa do endividamento, convertendo ou extinguindo:
Até US$ 1,7 bilhão em dívidas financiadas;
Até US$ 850 milhões em outras obrigações.
Além disso, a companhia pretende captar US$ 1,85 bilhão em novo capital, dos quais US$ 330 milhões podem ser obtidos com a emissão de ações subscritas por investidores externos. Esses recursos proverão liquidez para suportar a estratégia de crescimento após a saída do Chapter 11.
Impacto nos acionistas e acordos com credores
A reestruturação deverá causar uma diluição significativa das ações existentes, devido à conversão das dívidas em capital, respeitando a legislação brasileira. No terceiro trimestre, a companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 830 milhões.
No acordo com a Abra, a credora receberá:
US$ 950 milhões em novas ações;
US$ 850 milhões em dívida reestruturada, sendo que US$ 250 milhões serão convertidos em ações após 30 meses da saída do Chapter 11, conforme avaliação futura.
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