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As ações do Carrefour (CRFB3), registram forte alta nesta segunda-feira (27), atingindo um avanço de 4,83%, a R$ 6,08, após o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, noticiar que os herdeiros de Abílio Diniz estudam vender suas participações no Carrefour, tanto na operação global quanto na brasileira.
Atualmente, a família detém 9,23% do Carrefour global, equivalente a cerca de US$ 800 milhões, e 10,24% do Carrefour Brasil (CRFB3), correspondente a R$ 1,4 bilhão. Esses investimentos são geridos pela Península, holding da família.
Saída estratégica e impacto no preço das ações
Os planos da família Diniz ocorrem em um momento de queda nos preços das ações. Nos últimos 12 meses, os papéis do Carrefour na França caíram 16%, sendo cotados a 13,30 euros no último pregão.
No Brasil, a desvalorização foi ainda maior, de 46%, com as ações fechando a R$ 5,80 na última sexta-feira (24).
A estratégia da família Diniz seria antecipar-se a possíveis desinvestimentos de outros acionistas, como a família Moulin, controladora do grupo Galeries Lafayette, e segunda maior acionista.
Em 2024, os Moulin reduziram sua participação e declararam não ter planos de novas vendas, mas o mercado teme novos movimentos que possam pressionar ainda mais os preços.
Venda de participação deve impactar o mercado
A saída da família Diniz pode influenciar a governança do Carrefour, especialmente no Brasil, onde a Península é a maior acionista.
Além disso, um movimento de venda em grandes volumes pode impactar negativamente o preço das ações no curto prazo, aumentando a volatilidade, além de impactos previsíveis no mercado de varejo.
Recomendação para as ações do Carrefour
Após a notícia, o JPMorgan reiterou recomendação neutra para as ações do Carrefour, considerando que a venda da participação da família Diniz deve alterar a estratégia das operações no Brasil.
Segundo o banco, a negociação também reduziria a independência do negócio local em relação à controladora na França.
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