Quem entrou na briga, então, foi o ministro citado. Alexandre Silveira acusou Nunes de usar a estratégia de Pablo Marçal, candidato derrotado do PRTB, ao divulgar fake news.
No X, o antigo Twitter, ele negou que o governo Lula pretendia renovar a concessão com a empresa italiana, como sugeriu o prefeito. E questionou: “As árvores de São Paulo que caíram em cima das redes de energia também são de responsabilidade do governo federal?”
Silveira aproveitou para lembrar que a Aneel não é do governo federal. É uma agência reguladora que foi loteada durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), apoiador de Nunes. “O que anda fazendo a Aneel, agência ocupada por indicações bolsonaristas, que não dá andamento ao processo de caducidade que denunciei há meses?”, questionou.
Boulos ganhava, assim, o reforço do governo federal na briga. E também do PT, cuja presidente, Gleisi Hoffmann, não perdeu a chance de criticar o modelo de privatização e dizer que São Paulo estava colhendo os frutos que “esse pessoal” (Nunes incluído) plantou.
No fim, pediu mudanças. E, claro, voto no aliado.
É com este clima — e com pólvora, munições e galhos de árvores espalhados por toda a cidade — que os candidatos iniciam uma semana decisiva de debates e enfrentamento. Mesmo que a luz seja restabelecida, o apagão não sairá da pauta eleitoral tão cedo.
Publicitário e Jornalista.