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A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, reforçou a sinalização de um novo aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic na reunião de março, mas deixou incerta a decisão para maio.
O documento divulgado nesta terça-feira (4), trouxe um novo panorama para a decisão da última quarta-feira (29), quando o BC elevou os juros para 13,25% ao ano, destacando que o comportamento da inflação e da atividade econômica será determinante para os próximos passos.
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Impacto do cenário global na ata do Copom
O comitê citou a política monetária dos Estados Unidos como fator de incerteza e destacou a resiliência da atividade econômica no Brasil, impulsionada por um mercado de trabalho aquecido, políticas fiscais expansionistas e crédito amplo.
O documento também alertou sobre o impacto da taxa de câmbio e da inflação corrente, além das expectativas inflacionárias desancoradas, que exigem uma política monetária mais contracionista.
Pressões inflacionárias
A ata ressaltou que a inflação de curto prazo segue pressionada, especialmente pelos preços de alimentos, afetados pela estiagem e pelo aumento nos preços das carnes. O Copom demonstrou preocupação com o repasse da desvalorização do câmbio para os preços, além dos impactos da política fiscal sobre a taxa de juros neutra.
O comitê reforçou que sua postura continuará guiada pelo compromisso com a convergência da inflação para a meta e que avaliará o ritmo da atividade econômica, a evolução das expectativas e o balanço de riscos antes de decidir os próximos passos da política monetária.
Reação do mercado à ata do Copom
A ata foi interpretada de formas distintas pelos analistas. O economista Leonardo Costa, da ASA Investments, destacou que o Copom reconheceu a resiliência da economia brasileira e ponderou a necessidade de um arrefecimento da demanda para controlar a inflação.
Para Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, o documento trouxe um tom equilibrado entre preocupações inflacionárias e o acompanhamento da atividade econômica. Ele avalia que a autoridade monetária manterá os juros elevados por um período prolongado e projeta uma Selic terminal de 15%.
Por outro lado, o Itaú Unibanco apontou que a ata teve um tom mais duro do que o comunicado da semana passada, reforçando a preocupação do Banco Central com a piora nas expectativas inflacionárias. O banco projeta que a Selic subirá para 15,75% até junho, com aumentos de 1 ponto percentual em março e de 0,75 ponto nas reuniões seguintes.
A incerteza sobre os próximos passos do Copom reforça a cautela do mercado, que segue atento à evolução da inflação e ao impacto das condições econômicas globais sobre a política monetária brasileira.
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