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As ações da Azul (AZUL4) lideram as altas do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, na manhã desta quarta-feira (28), subindo 4,04%, a R$ 4,63, impulsionadas pelo anúncio da conclusão da reestruturação da dívida da companhia.
A empresa finalizou acordos com detentores de títulos de dívida, arrendadores e fabricantes, além de captar US$ 525 milhões (R$ 3,08 bilhões) em Notas Superprioritárias.
Outro fator positivo para a empresa foi a decisão do governo de São Paulo de manter a alíquota de ICMS sobre o querosene de aviação em 12%, medida que reduz custos operacionais.
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Segundo Felipe Sant’Anna, especialista da Star Desk, a captação bem-sucedida e o alívio fiscal sobre o querosene garantem um fôlego adicional para a companhia.
Azul reduz dívida em R$ 14 bilhões
Com a reestruturação, a Azul conseguiu diminuir seu endividamento em cerca de US$ 2,4 bilhões (R$ 14 bilhões), considerando conversões de dívida em ações, economia de custos e novas captações. A alavancagem da empresa caiu de 4,8 vezes para 3,4 vezes a relação dívida líquida/Ebitda.
Além disso, a redução do endividamento permitirá uma economia de quase R$ 1 bilhão no pagamento de juros em 2025, fortalecendo a geração de caixa da companhia.
Detalhes da reestruturação
A reestruturação financeira envolveu acordos definitivos e vinculantes com arrendadores, fabricantes e fornecedores, garantindo melhorias de caixa de US$ 300 milhões entre 2025 e 2027. Entre os principais pontos da operação estão:
- Conversão de dívidas em ações: Eliminação de US$ 557 milhões em obrigações de emissão de ações em troca de 94 milhões de novas ações preferenciais da Azul.
- Troca de dívidas: Extinção de US$ 243,6 milhões em notas de 2030 e troca do restante por novas notas sem garantia com vencimento em 2032, com possibilidade de incorporação de juros ao principal (PIK).
- Captação de US$ 525 milhões: Recursos foram integralmente acessados pela Azul, incluindo US$ 100 milhões adicionais, condicionados ao cumprimento de requisitos.
- Conversão de novas notas de 2029 e 2030: Cerca de US$ 784,6 milhões convertidos em ações preferenciais. Até abril de 2025, 52,5% do saldo restante das novas notas de troca serão convertidos em notas conversíveis com juros de 4% em caixa + 6% PIK.
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