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O Banco Central (BC) realizou mais dois leilões de dólares à vista nesta quinta-feira (19), somando US$ 8 bilhões, com o intuito de controlar a cotação do dólar abaixo da faixa dos R$ 6,20. Hoje, dez propostas foram aceitas.
No início da tarde, a moeda norte-americana recua 2,17%, cotada a R$ 6,14. No último pregão, a disparada do câmbio levou o dólar para o maior patamar da história, próximo dos R$ 6,30, com um avanço de quase 3%.
Leilões seguidos para conter a alta do dólar
Desde 12 de dezembro, o Banco Central já injetou US$ 20,76 bilhões no mercado cambial, sendo US$ 13,76 bilhões em leilões à vista e o restante em leilões de linha com recompra.
Nesta quinta, o primeiro leilão de US$ 3 bilhões era esperado pelo mercado, no entanto, o segundo aconteceu devido à demanda superior ao esperado, de acordo com o presidente do BC, Roberto Campos Neto.
Em entrevista coletiva nesta manhã, Campos Neto destacou que as intervenções no câmbio não estão relacionadas a um cenário de dominância fiscal, situação em que instrumentos como elevação de juros deixam de ser eficazes no controle da inflação.
Impacto nos mercados e cenário fiscal
A ação do BC influenciou o mercado de câmbio. Após o anúncio do segundo leilão, o dólar passou a cair de forma mais acentuada nos mercados futuro e à vista. No contrato futuro para janeiro de 2025, a mínima registrada logo após a movimentação foi de R$ 6,24. Às 14h, a queda era mais acentuada, próxima dos 2%, a R$ 6,13.
Apesar das intervenções, o mercado cambial enfrenta um dia de estresse global. Investidores precificam o aumento das projeções de inflação a partir de 2025 e a desaceleração econômica, conforme apontado no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado pelo BC.
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