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Dados recentes do Banco Central revelam que mais de 2,5 milhões de pedidos de devolução por fraude foram registrados através do Mecanismo Especial de Devolução (MED) do PIX até julho de 2024. Este sistema foi criado para oferecer uma camada adicional de segurança aos usuários, bloqueando os recursos na conta recebedora e permitindo uma análise criteriosa do banco antes de realizar qualquer devolução.
O MED está ativo desde 2021 e tem se mostrado uma ferramenta crucial para as vítimas de golpes financeiros. Ele possibilita que, ao detectar uma transação fraudulenta ou realizada por engano, o banco consiga recuperar os valores de forma eficiente e segura. Atraindo atenção crescente das instituições bancárias, o MED busca reduzir os impactos das fraudes para os usuários do sistema PIX.
Como funciona o mecanismo especial de devolução do PIX?
A principal função do MED é bloquear imediatamente os valores na conta recebedora após uma denúncia de fraude. Isso permite que o banco avalie o caso minuciosamente e, se validada a irregularidade, proceda com a devolução do dinheiro. O mais importante é que este processo não requer ação direta do usuário, proporcionando mais tranquilidade e segurança.
Além disso, o Banco Central trabalha em conjunto com as instituições financeiras para garantir que o processo de devolução seja ágil e eficaz. Dessa forma, mesmo que a vítima não perceba o golpe imediatamente, há grandes chances de recuperar o valor perdido.
Como funciona o Golpe do “PIX Errado”?
O golpe do “PIX errado” visa enganar pessoas de boa-fé para devolverem dinheiro a contas fraudulentas. Veja o passo a passo de como os criminosos agem:
Identificação da Vítima: O fraudador descobre o número de celular da vítima, muitas vezes cadastrado como chave PIX. Isso pode ser feito por cadastros online ou redes sociais.
Transferência Inicial: O criminoso faz uma transferência PIX para a conta da vítima.
Contato com a Vítima: Em seguida, entra em contato dizendo que fez um PIX errado e solicita a devolução do dinheiro.
Devolução a Terceira Conta: A vítima, de boa-fé, devolve o dinheiro para uma terceira conta fornecida pelo criminoso, não a original.
Ativação do MED: O fraudador então aciona o MED para tentar recuperar o dinheiro original, deixando a vítima no prejuízo.
Como se proteger contra fraudes no PIX?
Para evitar cair em golpes como o do “PIX errado”, preste atenção nas seguintes recomendações:
Use a funcionalidade de devolução do PIX: Não devolva dinheiro manualmente para uma terceira conta, mesmo que a solicitação pareça legítima. Utilize a função de devolução do próprio aplicativo bancário.
Verifique dados pessoais com cuidado: mantenha seus dados pessoais seguros e evite compartilhar informações sensíveis em redes sociais.
Desconfie de contatos suspeitos: se alguém solicitar um estorno de PIX, verifique diretamente com o seu banco antes de realizar qualquer devolução.
O papel da Febraban na prevenção a fraudes
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) tem atuado ativamente na recomendação de boas práticas para evitar fraudes com o PIX. José Gomes, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban, ressalta a importância de nunca realizar devoluções manuais para terceiros e sempre utilizar os recursos oficiais do sistema bancário.
Além disso, a Febraban alerta sobre os perigos de e-mails fraudulentos e mensagens suspeitas. É recomendável que os usuários estejam sempre atentos a qualquer solicitação de informação pessoal ou financeira realizada por canais não oficiais.
Em resumo, o Mecanismo Especial de Devolução do PIX (MED) tem se consolidado como uma ferramenta essencial para a segurança dos usuários. Ao seguir as recomendações e utilizar a funcionalidade de devolução do sistema, é possível se proteger de fraudes e garantir uma experiência mais segura com o PIX.
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