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Novembro foi desafiador para o mercado brasileiro. Após uma semana terrível, impactada pela decepção que foi o pacote de corte de gastos e pela volatilidade no exterior, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, despencou, caindo 2,68% nas últimas cinco sessões, acumulando uma baixa de 3,12% no mês.
O dólar também sofreu com a quebra das expectativas e atingiu a marca de R$ 6 pela primeira vez na história. A moeda americana, que atua como “segurança” em tempos de volatilidade, subiu graças a maior aversão ao risco e expectativas em relação aos juros nos Estados Unidos.
S&P 500 dispara
Nos Estados Unidos, no entanto, o cenário foi o oposto. O S&P 500, principal bolsa dos EUA, disparou, subindo 5,83% em novembro, impulsionado por expectativas de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) em 2025. Na última semana, a alta foi de 1,06%.
A nova projeção indica um ritmo mais rápido para reduções, começando já em setembro de 2025, favorecendo mercados de risco. Por outro lado, os títulos do Tesouro americano (Treasuries) registraram queda de 5,9% na semana.
Agenda: PIB no Brasil e payroll nos Estados Unidos
A semana promete movimentação intensa no mercado. No Brasil, destaque para a divulgação do PIB trimestral, com expectativa de alta de 1,4%, e do acumulado anual, projetado em 3,3%. Dados como produção industrial e vendas de automóveis também estão no radar.
Nos Estados Unidos, os números do mercado de trabalho devem atrair atenção. O relatório de empregos (payroll), a ser divulgado na sexta-feira (6), junto com outros dados de emprego ao longo da semana, poderá influenciar as expectativas para a economia americana e o dólar.
Política monetária
O Banco Central brasileiro enfrenta desafios para manter a taxa Selic acima de 14% em meio à pressão inflacionária e ao cenário fiscal. Já nos Estados Unidos, aumentaram as chances de cortes nas taxas de juros em 2025, com o mercado agora prevendo o primeiro corte já em setembro do próximo ano.
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