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O Ibovespa fechou a semana passada com alta de 2,89%, impulsionado por fatores políticos e expectativas positivas para a temporada de balanços. O dólar, por sua vez, ampliou o seu patamar negativo, fechando a R$ 5,70, o menor nível desde novembro.
De acordo com Adair Naspolini Neto, sócio da Wiser | BTG Pactual, a desaceleração econômica nos Estados Unidos e no Brasil também se refletiu nos juros futuros, que recuaram.
Os juros norte-americanos estão na pauta da semana, com a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed) agendada para quarta-feira (19). O relatório costuma trazer mais clareza sobre os próximos passos da política monetária americana, segundo Naspolini.
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Expectativas para a temporada de balanços
A temporada de divulgação de resultados segue como um dos principais fatores de atenção para os investidores. Empresas como Vale (VALE3), Gerdau (GGBR4), Banco do Brasil (BBAS3) e BB Seguridade (BBSE3) divulgarão seus balanços esta semana, e as projeções são de resultados positivos.
No terceiro trimestre de 2024, os lucros das companhias superaram as estimativas do mercado, impulsionando os preços das ações. Caso esse cenário se repita, o Ibovespa pode continuar sua trajetória de alta.
No entanto, algumas empresas enfrentam dificuldades. A Iguatemi (IGTI11) deve divulgar números abaixo do esperado, e a Raízen (RAIZ4) registrou prejuízo no período, o que pode impactar o desempenho do setor de energia e biocombustíveis. Confira a análise de Adair Naspolini na íntegra:
Queda na popularidade de Lula impacta o mercado
A pesquisa Datafolha, divulgada na sexta-feira (14), revelou que a aprovação do presidente Lula caiu para 24%, o menor nível de seus três mandatos. Já a reprovação subiu para 41%, um recorde.
A perda de apoio foi mais expressiva no Nordeste, onde a avaliação “ótimo e bom” despencou de 49% para 33%. Essa mudança no cenário político impactou o mercado, que reagiu com otimismo, levando o Ibovespa a ampliar seus ganhos.
Naspolini destacou que essa queda na aprovação pode levar o governo a acelerar políticas populares, o que pode resultar em novos gastos e aumentar a inflação. “O governo tem dois caminhos: se for populista, pode impulsionar os gastos e aumentar a inflação; se focar no fiscal, precisará conter despesas”, disse.
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Tensões comerciais entre Brasil e EUA
Outro ponto de atenção para o mercado são as tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos. O presidente Donald Trump indicou que pode aumentar as tarifas sobre o aço brasileiro, o que gerou preocupação no setor industrial.
O governo brasileiro, por sua vez, afirmou que pode retaliar com medidas contra as big techs, como Meta e Google. O desdobramento dessas negociações pode afetar o mercado brasileiro nos próximos dias.
Agenda econômica da semana
- Segunda-feira (17): Feriado nos Estados Unidos (Presidents’ Day) – Bolsas americanas fechadas.
- Terça-feira (18): Balanços de Carrefour (CRFB3), Iguatemi (IGTI11).
- Quarta-feira (19): Divulgação da ata do Federal Reserve (Fed) e balanços de Vale (VALE3), Banco do Brasil (BBAS3) e Gerdau (GGBR4).
- Quinta-feira (20): Expectativa sobre novos incentivos fiscais e possível isenção no Imposto de Renda no Brasil.
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