Em um bloco em que o tema era saúde e Nunes já tinha queimado o banco de tempo, ele empilhou acusações relacionadas à gestão Nunes: contratos suspeitos com empresas de amigos, compras supostamente superfaturadas em programas de combate à dengue e até distribuição de água no Carnaval.
Citou ainda a chamada “máfia das creches”, a presença do cunhado de Marcos Camacho, o Marcola, na prefeitura, e voltou a desafiá-lo a abrir o sigilo bancário.
Nunes, como diz o jargão futebolístico, estacionou o ônibus na defesa.
Passou o debate dizendo que o adversário estava lá para atacar e não discutir a cidade. E citou todas as vezes que ganhou na Justiça o direito de resposta contra o que chamou de mentiras do adversário. Lamentou apenas que a mesma Justiça não poderia fazer o mesmo em um debate em tempo real.
A certa altura, sacou do bolso um papel para ler um boletim de ocorrência em que o deputado era citado por confrontar a PM durante uma desocupação. Foi advertido pelo mediador, César Tralli, mas conseguiu ler o documento e questionou os espectadores se eles queriam mesmo um prefeito “com esse histórico de vida”.
Boulos disse que foi enquadrado por lutar ao lado de famílias sem-teto. E trouxe à baila a acusação de que o hoje prefeito já foi investigado por descarregar um revólver em frente a uma balada em Embu das Artes.
Publicitário e Jornalista.