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O dólar fechou esta quarta-feira (15) com queda de 0,35%, cotado a R$ 6,02, marcando o menor nível de fechamento desde 12 de dezembro. Foi o terceiro pregão consecutivo de baixa, acumulando desvalorização de 1,27% na semana e 2,51% no mês.
O recuo foi impulsionado pelo enfraquecimento global da moeda americana e pela queda nas taxas dos Treasuries, após indicadores econômicos nos Estados Unidos apontarem espaço para cortes adicionais de juros pelo Federal Reserve (Fed) em 2025.
Além disso, o aumento de cerca de 3% nos preços do petróleo e a valorização das commodities favoreceram moedas de mercados emergentes, como o real.
Dados econômicos dos EUA em foco
Nos Estados Unidos, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de dezembro ficou dentro das expectativas de mercado, com destaque para a redução na inflação subjacente, que exclui itens voláteis como alimentos e energia.
O Empire State, índice que mede a atividade industrial no estado de Nova York, registrou queda maior que a esperada, caindo para -12,6% em janeiro.
Esses números reforçaram a percepção de um ambiente econômico mais favorável, reduzindo a pressão sobre o Fed para manter juros elevados.
Dólar também reage ao mercado interno
No Brasil, investidores retomaram posições em ativos domésticos, desfazendo operações de proteção realizadas no fim de 2025, quando o cenário fiscal do governo Lula gerou incertezas. Segundo analistas, o movimento de baixa do dólar pode encontrar resistência caso a cotação se aproxime de R$ 6.
Entre os dados locais, as contas do Governo Central apresentaram déficit primário de R$ 4,515 bilhões em novembro, próximo ao teto das projeções de mercado. Apesar disso, analistas destacaram um bom desempenho das receitas e a redução das despesas na comparação anual.
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