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O dólar à vista fechou esta terça-feira (21) em queda de 0,19%, cotado a R$ 6,03. Esse foi o segundo pregão consecutivo de baixa da moeda americana, que já acumula desvalorização de 2,42% em janeiro. Durante a sessão, a moeda oscilou entre R$ 6,0680 e R$ 6,0177.
Com a agenda econômica doméstica esvaziada, as operações no mercado de câmbio foram influenciadas pelas repercussões dos primeiros atos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em seu segundo mandato. O destaque foi o anúncio de tarifas de 25% sobre importações do México, previsto para entrar em vigor em fevereiro.
Essa medida pressionou negativamente o peso mexicano, mas o real conseguiu se descolar do movimento, favorecido por fluxo de capital estrangeiro e ajustes técnicos.
Dados da B3 mostram que investidores internacionais aportaram R$ 2,9 bilhões na Bolsa brasileira no último dia 17, elevando o saldo líquido de janeiro para R$ 3,621 bilhões.
Influência internacional no câmbio
No cenário externo, o índice DXY, que mede a força do dólar frente a seis moedas fortes, recuou para abaixo de 108 pontos. Esse movimento foi impulsionado pela ausência de medidas mais agressivas de Trump, como novas tarifas sobre produtos chineses, o que trouxe um alívio momentâneo aos mercados.
As taxas dos títulos do Tesouro norte-americano (Treasuries) também recuaram, refletindo a cautela dos investidores quanto ao impacto da política comercial dos Estados Unidos.
Expectativas para o câmbio
Em entrevista ao Estadão Broadcast, Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, disse que o mercado agora observa os próximos passos de Trump, especialmente no campo comercial, o que pode elevar a volatilidade cambial.
No Brasil, a discussão sobre o Orçamento e a compensação para a isenção de Imposto de Renda devem entrar no radar do mercado em fevereiro.
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