Câmbio: Dólar cai pela nona sessão seguida e fecha a R$ 5,85

Via Últimas notícias – Monitor do Mercado

O dólar à vista fechou esta quinta-feira (30) em queda de 0,23%, cotado a R$ 5,85, após atingir mínima de R$ 5,8523 ao longo do dia. Esse foi o nono pregão consecutivo de desvalorização da moeda no mercado doméstico, acumulando uma baixa de 5,30% em janeiro.

O movimento ocorreu após a leitura do comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na noite anterior, e dados fiscais positivos. O Governo Central apresentou um déficit abaixo do esperado, cumprindo a meta fiscal para 2024, o que melhorou o apetite ao risco entre os investidores.

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Impacto do Copom e especulações sobre juros

O Banco Central elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual, para 13,25%, e manteve a sinalização de novo corte de 1 ponto na próxima reunião, em março. Entretanto, o comunicado não garantiu novos aumentos na mesma intensidade para maio, o que gerou incerteza no mercado.

Com isso, parte dos investidores começou a especular sobre a possibilidade de encerramento do ciclo de altas já em março ou, no máximo, em maio. O tom mais brando do Copom levou alguns agentes do mercado a interpretarem a decisão como dovish — ou seja, menos propensa a novos aumentos de juros.

Cenário externo e impacto nas moedas emergentes

No mercado internacional, o índice DXY — que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes — operou em leve baixa, mas reverteu para alta após o anúncio do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que pretende impor tarifas de importação de 25% para produtos do México e do Canadá.

O Federal Reserve manteve sua taxa básica de juros entre 4,25% e 4,50%, reforçando que a política monetária está “bem posicionada” e que não há pressa em alterar a trajetória dos juros. O presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizou, contudo, que os juros estão acima do nível neutro, abrindo espaço para cortes futuros.

Expectativas para o dólar

Em entrevista ao Estadão Broadcast, Marcos Weigt, head da Tesouraria do Travelex Bank, diss que a ampliação do diferencial de juros entre Brasil e EUA pode fortalecer o real no curto prazo, impulsionando operações de carry trade — estratégia em que investidores tomam empréstimos em moedas com juros baixos para aplicar em mercados com juros mais altos.

“O dólar pode cair abaixo de R$ 5,80, pois está caro manter posições compradas na moeda americana em um cenário de juros elevados no Brasil”, afirma Weigt. Ele alerta, porém, que a possível aprovação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil pode gerar novas pressões no câmbio.

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