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O dólar fechou esta segunda-feira (27) em leve baixa de 0,09%, cotado a R$ 5,91, menor valor de fechamento desde novembro. O movimento contrastou com a valorização da moeda americana frente a outras divisas emergentes, como o peso colombiano e o peso mexicano.
Segundo especialistas, a queda do dólar foi influenciada por fluxos pontuais de recursos para ativos domésticos e ajustes técnicos de carteiras. A expectativa de alta de 1 ponto percentual na taxa Selic na próxima reunião do Copom, prevista para esta quarta-feira (29), também fortaleceu o real.
Alta da Selic e operações de carry trade
Caso o Banco Central confirme o aumento da Selic, a taxa básica de juros no Brasil pode atingir níveis mais atrativos para operações de carry trade. Essa estratégia consiste em investidores tomarem empréstimos em países com juros baixos e aplicarem os recursos em mercados com taxas mais altas, como o Brasil.
O cenário político doméstico também contribuiu para o fortalecimento do real. Com o recesso parlamentar, o ambiente interno mostrou maior estabilidade, reduzindo riscos percebidos por investidores.
Movimento do dólar ao longo do dia
Durante a manhã, o dólar chegou a alcançar R$ 5,95, mas perdeu força ao longo da tarde, chegando a mínimas de R$ 5,89. O contrato futuro da moeda para fevereiro caiu 0,30%, cotado a R$ 5,90.
O recuo desta segunda marcou o sexto pregão consecutivo de queda do dólar, com desvalorização acumulada de 2,51% no período. Em janeiro, a moeda americana já acumula baixa de 4,32% frente ao real, que apresenta o terceiro melhor desempenho global, atrás apenas do rublo russo e do peso colombiano.
Impacto internacional e ameaças de tarifas
No cenário externo, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas globais, recuou. A valorização do iene foi um dos principais fatores para a queda.
Entre as moedas latino-americanas, o peso colombiano sofreu com a instabilidade política da região, enquanto o peso mexicano foi impactado pelas ameaças do ex-presidente Donald Trump de impor tarifas de 25% às importações de México e Canadá.
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