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O dólar à vista fechou esta quarta-feira (22) em queda de 1,4%, cotado a R$ 5,94. Este é o menor valor de fechamento desde 27 de novembro, quando a moeda americana encerrou a sessão a R$ 5,9135.
Hoje, os investidores reagiram positivamente à percepção de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, irá adotar uma postura mais estratégica em sua política tarifária.
A redução dos temores sobre riscos à economia global veio com o uso moderado das tarifas para atingir objetivos econômicos, e não como um instrumento de guerra comercial. Essa mudança beneficiou as moedas de países emergentes exportadores de commodities, com destaque para o real.
Desempenho do real
O real foi favorecido pelo otimismo do mercado com a política comercial americana. Durante a noite anterior, Trump indicou que pretende taxar produtos chineses em 10%, abaixo dos 60% prometidos em sua campanha.
Reportagens também sugerem que tarifas sobre México e Canadá visam antecipar a renegociação do acordo de livre-comércio para 2025, um movimento interpretado como estratégico.
Especialistas apontam que essa percepção diminui os riscos para economias emergentes, ajudando o real a recuperar parte das perdas acumuladas em dezembro. A moeda brasileira vinha sofrendo pressão de fatores como remessas sazonais de capital e preocupações fiscais.
Níveis técnicos do dólar
Outro fator para a valorização do real foi a quebra de barreiras psicológicas, como o patamar de R$ 6, levando à zeragem de posições que apostavam na depreciação da moeda brasileira. No entanto, analistas alertam que o cenário ainda é desafiador.
Dados do Banco Central mostram que o fluxo cambial do Brasil foi negativo em US$ 3,804 bilhões entre 1º e 17 de janeiro, com saídas líquidas tanto no canal financeiro quanto no comercial. Apesar disso, na semana anterior, o fluxo foi positivo em US$ 806 milhões, indicando possíveis mudanças no curto prazo.
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