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O dólar fechou em alta de 0,30% nesta sexta-feira (19), a R$ 5,60, após uma manhã de recuo devido ao anúncio de contenção de R$ 15 bilhões em gastos pelo governo. Ao longo da tarde, a moeda americana ganhou força, impulsionada por ganhos no exterior, especialmente em comparação com outras moedas latino-americanas, como o peso chileno e o mexicano.
Anúncio de contenção de gastos
Na noite de ontem, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a contenção de R$ 15 bilhões em despesas para cumprir as metas do arcabouço fiscal deste ano. Espera-se que os detalhes dos cortes sejam divulgados no relatório bimestral de receitas e despesas na próxima segunda-feira (22).
Dentre os R$ 15 bilhões, R$ 11,2 bilhões são bloqueios devido a gastos acima do limite de 2,5% previsto pelo arcabouço fiscal, e R$ 3,8 bilhões são contingenciamentos devido à frustração de receitas causadas por pendências no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Senado.
Impactos nos ativos de risco
O dia foi marcado por uma deterioração dos ativos de risco. As bolsas de Nova York caíram, as commodities metálicas recuaram e o petróleo teve uma queda de cerca de 3% nas cotações internacionais. Investidores adotaram uma postura defensiva antes do fim de semana devido a um “apagão cibernético” que afetou sistemas financeiros e de transporte, além de dúvidas na corrida eleitoral americana, pressionando o presidente Joe Biden a abandonar a disputa.
Desempenho do dólar
Com mínima de R$ 5,5228 pela manhã e máxima de R$ 5,6079 na última hora de negócios, o dólar à vista encerrou o pregão com alta de 0,30%, a R$ 5,6039. Na semana, a moeda acumulou valorização de 3,18%, elevando os ganhos no ano para 15,46%. Operadores observaram um movimento de busca por posições defensivas no mercado futuro, o que também influenciou o dólar no mercado à vista.
Expectativas futuras
O aumento do favoritismo do ex-presidente Donald Trump na corrida à Casa Branca adiciona incerteza à política econômica dos EUA, com possível avanço do protecionismo. Especialistas acreditam que o dólar pode voltar a R$ 5,40 se o governo brasileiro continuar sinalizando medidas favoráveis no lado fiscal, como a confirmação da redução de R$ 25,9 bilhões em despesas no orçamento de 2025, e se houver cortes de juros pelo Federal Reserve a partir de setembro.
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