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O dólar fechou em alta de 0,35%, a R$ 5,47, nesta quarta-feira (14). A alta acontece após uma desvalorização de 5,08% em seis pregões consecutivos. Segundo operadores, o movimento de hoje foi impulsionado por ajustes e pela realização de lucros, além da recomposição parcial de posições defensivas diante do aumento dos ruídos políticos internos.
Pela manhã, o dólar chegou a ensaiar uma nova queda, após a divulgação do índice de inflação ao consumidor nos Estados Unidos em julho, que veio em linha com as expectativas. O dado reforçou a aposta de um possível corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em setembro, com chances divididas entre 0,25 e 0,50 ponto percentual (pp).
Posições defensivas e ruídos políticos
Em entrevista ao Broadcast, Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, explica que o comportamento do mercado reflete uma tentativa de recomposição de parte das posições “compradas” em dólar que haviam sido desfeitas recentemente. Ele destaca que o nível de R$ 5,50 é visto como um ponto de equilíbrio no curto prazo.
Além disso, Galhardo menciona que o aumento dos ruídos políticos, especialmente envolvendo o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), contribui para um ambiente mais defensivo entre os investidores. A incerteza em torno dessas questões pode dificultar o andamento de pautas importantes no Congresso, especialmente com a proximidade das eleições municipais.
Impactos fiscais
Outro fator que influenciou o mercado foi a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um evento, onde ele admitiu a existência de uma divisão no governo entre uma ala que defende a responsabilidade fiscal e outra que prega a ampliação de gastos.
Expectativas para o dólar
No cenário internacional, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, inverteu a queda que apresentava pela manhã e fechou em ligeira alta. O dólar teve um comportamento misto em relação a moedas emergentes e exportadoras de commodities, caindo frente ao peso mexicano e ao rand sul-africano, mas subindo em relação ao peso chileno.
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