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O dólar encerrou a sessão desta segunda-feira (5) em alta de 0,56%, a R$ 5,74, após tocar atingir R$ 5,86 na sua máxima, maior valor intradiário desde março de 2021. O aumento da busca por segurança em ativos como os Treasuries e o iene pressionou as moedas de países com juros altos, como o real.
A volatilidade no mercado foi agravada pela leitura do relatório de emprego nos EUA na última sexta-feira (2), e pelos resultados abaixo do esperado de grandes empresas de tecnologia (big techs), que elevaram o índice VIX — conhecido como o “índice do medo”.
A sessão começou com forte aversão ao risco, refletindo o impacto da queda histórica das bolsas asiáticas, onde o índice Nikkei, do Japão, registrou sua maior queda diária desde outubro de 1987.
Desempenho do real
O real, por sua vez, destacou-se como a moeda com melhor desempenho entre seus principais pares, como o peso mexicano e o rand sul-africano, que caíram mais de 1% frente ao dólar.
Expectativas sobre juros nos EUA movimentam o câmbio
Após os dados do payroll, com a eminência de uma possível recessão econômica, o mercado mudou suas apostas para o tamanho do corte de juros em setembro. Segundo a ferramenta de monitoramento do CME Group, a expectativa do mercado para um corte de 0,5 pp (ponto percentual) subiram de 22% (antes da divulgação) para 84%, hoje (5).
Segundo analistas, a expectativa inicial era de que moedas emergentes se valorizassem com a possível redução dos juros nos EUA em setembro, conforme sinalizado pelo presidente do Fed, Jerome Powell. No entanto, o aumento das preocupações com uma recessão nos EUA e na economia global tem revertido esse otimismo.
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