Via Últimas notícias – Monitor do Mercado
O dólar fechou em alta de 0,18% nesta sexta-feira (26), a R$ 5,65, após o Governo Central divulgar um déficit superior ao esperado em junho. Com uma mínima de R$ 5,6170 e máxima de R$ 5,6721, o dólar encerrou a semana com um avanço de 0,96%, acumulando uma alta de 1,25% em julho e 16,58% no ano.
O déficit de R$ 38,836 bilhões informado pelo Tesouro Nacional superou as projeções que apontavam para R$ 37,70 bilhões. Esse cenário gerou preocupações no mercado, com analistas sugerindo a necessidade de novos congelamentos de gastos para cumprir as metas fiscais deste ano.
Impacto no real
Além do quadro fiscal doméstico, o real foi pressionado pelo desmonte de operações de carry trade com moedas latino-americanas e pela apreciação do iene. O carry trade é uma estratégia em que investidores tomam empréstimos em uma moeda com juros baixos para investir em outra com juros mais altos, visando lucrar com a diferença de taxas.
Contexto internacional
No exterior, o dólar caiu em relação à maioria das moedas fortes e emergentes, e as taxas dos títulos do Tesouro americano também recuaram. O índice de preços de gastos com consumo (PCE) em junho indicou continuidade do processo de desinflação nos EUA.
A divulgação do crescimento acima do esperado do PIB americano no segundo trimestre aumentou as expectativas de um pouso suave da economia americana, favorecendo a política monetária do Federal Reserve.
Expectativas para a próxima semana
A próxima semana está marcada pela “super quarta”, com decisões de política monetária nos EUA e no Brasil, além da reunião do Banco do Japão (BoJ). As expectativas são de manutenção da taxa Selic em 10,50% no Brasil, possível alta de juros no Japão e sinalizações de cortes nas taxas de juros pelo Fed nas próximas reuniões.
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