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O dólar fechou em leve alta de 0,18%, a R$ 5,50, nesta terça-feira (27). A valorização ocorreu após um dia de oscilação na cotação da moeda, influenciada pela divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de agosto e pela valorização do dólar frente a moedas latino-americanas, especialmente o peso mexicano.
Impacto do IPCA-15 no mercado
O IPCA-15, divulgado pelo IBGE, mostrou desaceleração, caindo de 0,30% em julho para 0,19% em agosto, alinhado com as expectativas do mercado. O indicador é uma prévia da inflação oficial e pode influenciar as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), que se reunirá em setembro para discutir a taxa Selic, atualmente em 10,50%.
Analistas estão divididos sobre se o resultado do IPCA-15 aumentará as chances de manutenção da Selic ou se o Banco Central terá que agir para conter pressões inflacionárias.
Expectativas para cortes de juros nos EUA
Investidores estão de olho nos próximos dados econômicos dos Estados Unidos para ajustar suas apostas em relação ao corte de juros pelo Federal Reserve (Fed). Na quinta-feira (29), será divulgada a segunda leitura do PIB americano do segundo trimestre, e na sexta-feira (30), o índice de preços de gastos com consumo (PCE), principal medida de inflação observada pelo Fed.
Dependendo desses dados, o mercado poderá recalibrar suas expectativas sobre a magnitude do corte de juros nos EUA, o que impactará diretamente o real e outros mercados emergentes.
Peso mexicano em queda
No cenário internacional, o índice DXY, que mede o dólar em relação a uma cesta de moedas fortes, operou em queda moderada, rondando os 100,500 pontos. No entanto, o dólar se valorizou frente a moedas latino-americanas, como o peso mexicano, que sofreu uma queda expressiva de mais de 1,50%.
Essa desvalorização foi causada por tensões políticas no México, relacionadas à proposta do governo de reforma do Judiciário, o que levou investidores a desfazerem posições de carry trade na moeda mexicana.
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