Via Últimas notícias – Monitor do Mercado
O dólar fechou praticamente estável, caindo 0,01%, a R$ 5,64, nesta quarta-feira (4). A taxa de câmbio, que variou entre R$ 5,6165 e R$ 5,6620, reflete um mercado marcado pela cautela dos investidores estrangeiros, que têm adotado estratégias de proteção (hedge) em suas operações com ativos brasileiros.
As atenções agora se voltam para os próximos dados econômicos dos EUA, como o relatório ADP de criação de vagas no setor privado e o relatório mensal de emprego (payroll), que serão divulgados nos próximos dias.
Movimentos opostos afetam o câmbio
Por um lado, o cenário internacional indicava uma queda do dólar, impulsionada pelo recuo dos juros dos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries) e pela expectativa de corte na taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed) em setembro. Dados decepcionantes sobre o mercado de trabalho americano reforçaram as apostas em uma redução mais agressiva, de 50 pontos-base, ainda que o corte de 25 pontos seja considerado o mais provável.
No entanto, o desempenho fraco das moedas de outros países da América Latina, como o peso chileno, pressionou o real. A queda de preços de commodities, como minério de ferro e petróleo, e o temor de uma recessão nos EUA, afetaram o apetite por risco, contribuindo para manter o dólar acima de R$ 5,60.
Fluxo cambial
O fluxo cambial em agosto foi negativo em US$ 2,696 bilhões, com saídas líquidas de US$ 5,180 bilhões pelo canal financeiro. No entanto, no acumulado do ano, o saldo ainda é positivo, em US$ 10,824 bilhões.
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