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O dólar à vista encerrou a sessão desta terça-feira (3) em leve queda, cotado a R$ 6,06, após cinco pregões consecutivos de alta. Apesar do recuo de 0,16%, a moeda americana permaneceu acima do patamar de R$ 6, reflexo das preocupações do mercado com o cenário fiscal brasileiro.
Notícias fiscais e recuperação do real
O movimento de queda foi impulsionado por declarações do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron. Lira pautou a urgência na votação de medidas do pacote fiscal, incluindo o projeto de lei que ajusta despesas com o salário mínimo aos limites do novo arcabouço fiscal.
Por sua vez, Ceron afirmou que o déficit primário de 2024 pode ficar mais próximo de 0,2% do PIB, dentro da banda de tolerância da meta fiscal, que prevê déficit zero no próximo ano.
PIB acima do esperado
Outro dado relevante foi o crescimento de 0,9% do PIB no terceiro trimestre de 2024, divulgado pelo IBGE. O número superou a mediana das projeções do mercado (0,8%) e foi impulsionado pelo consumo das famílias e pelos investimentos. Na comparação anual, o PIB avançou 4%.
Esse desempenho reforça a possibilidade de um aumento mais agressivo na taxa Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), segundo analistas, com uma alta de até 1 ponto percentual sendo considerada.
Desempenho do dólar no exterior
No mercado internacional, o índice DXY, que mede o dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, recuou 0,12%, mantendo-se acima dos 106,200 pontos. Entre os destaques negativos do dia, o won sul-coreano registrou queda de mais de 1% devido a tensões políticas locais.
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