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O dólar fechou em queda de 0,10%, a R$ 5,65, nesta quarta-feira (11). A valorização do real foi impulsionada pela divulgação da inflação ao consumidor dos Estados Unidos, que diminuiu os temores de recessão e trouxe um maior apetite por moedas emergentes, como o Brasil. Além disso, o aumento de mais de 2% nos preços do petróleo também beneficiou estas moedas.
Analistas também apontam que a moeda brasileira foi beneficiada por uma reversão parcial de posições compradas em dólar, após a percepção de que a candidata democrata à presidência dos EUA, Kamala Harris, teve um desempenho positivo no debate eleitoral.
Inflação nos EUA e expectativas para o Federal Reserve
Nos EUA, o índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 0,2% em agosto, em linha com as expectativas do mercado, enquanto o núcleo do índice – que exclui itens mais voláteis como alimentos e energia — avançou 0,3%, acima do esperado.
Com esses dados, aumentaram as chances de que o Federal Reserve corte os juros em 25 pontos-base na próxima reunião, que ocorrerá no dia 18 de setembro. Segundo o CME Group, as chances de um corte de juros subiram de 70% para 80% após a divulgação do CPI.
Cenário doméstico e perspectiva do real
Apesar das incertezas sobre o cenário fiscal no Brasil, há expectativa de que o real continue a se valorizar moderadamente nos próximos meses, com o aumento do diferencial de juros entre o Brasil e os EUA.
O Barclays, por exemplo, prevê que o real terá um desempenho superior ao de outras moedas emergentes, com projeção de que o dólar alcance R$ 5,40 até o final de 2024. A combinação de queda nos juros americanos e uma possível elevação da taxa Selic pelo Banco Central brasileiro pode impulsionar operações de “carry trade”, favorecendo o real.
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