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O dólar fechou esta sexta-feira (13) com alta de 0,4%, cotado a R$ 6,0313, marcando o segundo dia consecutivo de valorização no mercado doméstico. O movimento refletiu a combinação de fatores externos e internos, como o avanço dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos (Treasuries) e incertezas fiscais no Brasil.
A moeda americana chegou a atingir R$ 6,0776 no início da tarde, mas recuou após uma intervenção do Banco Central (BC), que realizou um leilão de venda de dólares à vista, o primeiro desde agosto. A ação amenizou a pressão sobre o câmbio, permitindo que o dólar encerrasse a semana com queda acumulada de 0,65%.
Incertezas fiscais pesam sobre o real
O mercado cambial foi influenciado pelas discussões em torno do pacote de ajuste fiscal, que tramita no Congresso. A ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se recupera de procedimentos médicos, gerou apreensão adicional. Parlamentares pressionam por alterações nas medidas propostas, o que pode reduzir a economia esperada pelo governo.
Apesar das dificuldades, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou estar otimista com a aprovação do pacote fiscal antes do recesso parlamentar, previsto para 20 de dezembro.
Intervenção do Banco Central e o fluxo cambial
Na quinta-feira (12), o BC já havia vendido US$ 4 bilhões em dois leilões de linha com recompra, e na sexta-feira promoveu a venda de US$ 845 milhões no mercado à vista.
Em entrevista ao Estadão Broadcast, o economista Luciano Costa, da Monte Bravo, explicou que a intervenção visou atender a uma demanda pontual, sem a intenção de alterar significativamente a taxa de câmbio.
O diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, reforçou que a instituição atua em caso de “disfuncionalidades” no mercado cambial, sem mirar um nível específico de câmbio.
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